“Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” 1 Coríntios 2:9
Questão
Que coisas são essas tão desconhecidas que Deus tem preparado para aqueles que O amam?
Contexto bíblico
Paulo usou um trecho de Isaías para falar da sabedoria de Deus, desconhecida pelos sábios deste mundo, mas conhecida por aqueles que O amam e Lhe obedecem porque lhes é revelada pelo Espírito Santo. Isaías escreveu o que o povo dizia acerca de Deus: “Quando fazias coisas terríveis, que não esperávamos, descias, e os montes tremiam à tua presença. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que opera a favor daquele que por ele espera.” (Is 64.3,4)
Tais coisas desconhecidas pelo mundo já foram reveladas pelo Espírito Santo e entramos na posse delas pela fé. Se os governantes deste mundo conhecessem a sabedoria divina não teriam crucificado o Senhor da vida. Isso foi feito por ignorância humana por um lado, mas por sabedoria divina por outro. Como está escrito: “Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Mt 11.25).
Certa vez os discípulos de Jesus perguntaram-lhe: “Porque lhes falas por parábolas?
Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;” (Mt 13.10,11) “Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis.” (Mt 13.13,14). E João escreveu: “Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.” (Jo 14.26). “E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei.” (1 Jo 2:27).
E continua Jesus: “Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.” (Mt 13.16,17). Então, o Senhor começou a falar sobre os mistérios do reino de Deus. Ele usa sete parábolas, mais uma à guisa de conclusão, para dar as últimas instruções sobre o reino dos Céus. No princípio do Seu ministério tinha aconselhado “buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça”, agora dá instruções acerca do carácter do seu reino.
1º O reino de Deus teve princípio insignificante como uma simples semente lançada, que se desenvolve a percentagens várias de acordo com a qualidade da terra. 2º O reino de Deus tem um valor incalculável; pois custou o que mais valioso havia para dar, a vida e o sangue do Justo e Santo Filho de Deus, que veio adquirir-nos para Ele. 3º O reino de Deus tem a mais nobre missão; a de encher a terra do conhecimento do Senhor assim como as águas cobrem o mar.
O apóstolo Paulo ensina que sendo filhos de Deus, somos também herdeiros com Cristo, e como herdeiros havemos de ser glorificados junto d’Ele porque para isso fomos comprados por grande preço. Isso é o que está preparado para nós, embora desconheçamos a medida da glória. Mas como Ele é assim O veremos seremos também, à Sua semelhança. No princípio Deus criou o homem à Sua semelhança, no fim o Filho restaura o homem à Sua semelhança. Como está escrito:
Conclusão
“O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm 8.16–18).
“Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.” (Rm 8.29,30).
“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8.31,32).