2 Coríntios 5:18
“Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação;”
O ministério da reconciliação é a função mais importante entregue a todos os cristãos para todos os tempos e lugares. Paulo, ao rogar aos coríntios para dizerem todos uma mesma coisa, está pedindo para restaurarem a unidade com o pensamento de que foram resgatados por Cristo, e a confissão unânime de que todos são de Cristo somente.
O contexto prova isto mesmo, e não outras coisas (1 Co 1:10 e 2:23). O ministério da reconciliação visa levar todos a ficarem unidos à volta de Cristo, a origem de todas as coisas. É o ponto central da mensagem do verdadeiro apóstolo do Senhor. Quando o mensageiro se afasta da mensagem da cruz, com acréscimos desnecessários, está prejudicando a pretendida unidade de Jesus.
Será verdade que todos acreditamos na oração feita pelo Senhor acerca da unidade? Ou confiamos mais em nossas confissões de fé do que na Sua valiosa oração? As Suas palavras terão sido pronunciadas com menos fé do que as nossas para que a Sua vontade não seja realizada? Se Cristo disse que tudo o que, em Seu nome, pedirmos na Pai, Ele o fará, como não aconteceria um pedido Seu tio importante?!
Acho que uma coisa somente é necessária. Reconhecer que aqueles que o Espírito Santo introduz no corpo de Cristo passam a formar um corpo. A verdadeira unidade provém do Espírito, é espiritual, não organizacional; é colaboracional, não ritual. É mister reconhecer a necessidade e utilidade da colaboração de todos os membros do corpo para o bom funcionamento do mesmo, e para que o mundo creia que Jesus vive entre nós (Jo 17:21).
É por este motivo que o apóstolo se empenha arduamente a defender o seu ministério perante uma igreja dividida a fim de que, mediante a reconciliação, voltassem ao estado inicial da fé em Jesus. E, os factos que distinguem o seu apostolado são verificáveis na sua paciência, sinais, prodígios e milagres; nas muitas dificuldades, prisões, açoites, e perigos de morte (2 Co 12:12).
Quanto àqueles que o caluniavam considera-os falsos, disfarçados em apóstolos de Cristo, tirando dai proveito próprio. E assevera que Satanás se disfarça em anjo de luz; é natural que os seus ministros também se disfarcem em ministros da justiça (2 Co 11:13–15). Porém, estes, em nome da justiça, oprimem o povo com regras tradicionais, o que, à luz da Bíblia, é uma grande injustiça.
Transcrevemos, para o efeito, aquilo que foi decidido no Concilio em Jerusalém: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá” (At 15:28,29).
O Apóstolo esforçara-se por alcançar esta liberdade para os gentios e estava zeloso no cumprimento da mesma. Ele demonstra que o seu interesse primário são as pessoas e não códigos opressores. Paulo ensina que onde está o Espírito do Senhor, ai há liberdade, Então, onde não está o Espírito do Senhor, aí há mandamentos.
Transcreve-se também o mandamento supremo, que nos proporciona viver em liberdade, porque é o cumprimento de toda a Lei: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 3:34,35).
O ministério da reconciliação é um serviço apostólico prestado a Cristo, como se Ele mesmo estivesse ao serviço das pessoas. E Paulo, à semelhança do seu Mestre, gasta e deixa-se gastar para beneficio do povo que Deus lhe confiou. Em tudo procura agradar ao Senhor que o comissionara com a certeza de receber a justa recompensa quando comparecer perante o infalível tribunal de Cristo (2 Co 5:10).
Esta deverá ser a atitude dos cristãos, especialmente dos ministros do evangelho. Deus deu-nos o ministério da reconciliação, não o ministério da guerra. Se alguém quiser guerrear temos todos o mesmo adversário que nos não dá tréguas. Lúcifer, o adversário de Deus, opõe-se a tudo que esteja nos Seus planos e é aí, nesse campo, que devemos fazer a nossa guerra, unidos contra Satanás. Continua
Para ler mais e copiar > ministerio-da-reconciliacao.pdf