“Vindo a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adopção de filhos.” Gálatas 4:4,5

Questão

Por que Jesus nasceu e quais os resultados do seu nascimento? E por que motivo é o natal celebrado no dia vinte e cinco de Dezembro?

Contexto bíblico

O nascimento do ser humano traz resultados para a família e para a sociedade. A família recebe no seu seio mais um membro para alegrá-la. Por seu turno, a sociedade terá mais um cidadão a fim de produzir riqueza. Da mesma sorte, o nascimento de Jesus foi acompanhado por resultados que influenciam muitas vidas no mundo. Eis uma exposição bíblica dos resultados do Natal que podem também influenciar a sua vida.

O primeiro resultado do Natal é notícias alegres para todos, como está escrito: “O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lc 2:10,11). A promessa profética encontra-se em toda a Bíblia, embora mais especificamente em Isaías 7:14 e 9:6: “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.” “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” É Deus connosco.

Era o cumprimento desta promessa que o povo esperava ouvir em Israel. A primeira a ouvir a boa nova foi Maria, que vivia em Nazaré, e estava desposada com José, mas sem estarem ainda juntos. Ela foi visitada por um anjo com esta mensagem: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1:31–33). É o Rei eterno.

Entretanto, uns magos, estudiosos dos astros, foram guiados por uma estrela diferente até Jerusalém e perguntaram: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois no oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo” (Mt 2:2). Mais tarde, aquando do seu julgamento, Pilatos perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: É como dizes” (Mt 27:11). Retrucou Pilatos: “Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (Jo 18:37). No livro de Apocalipse temos este relato: “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta e houve no céu grandes vozes que diziam: o reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11:15). É o reino dos céus na terra.

Após ele ter nascido, alguns pastores nas cercanias, sendo atraídos por um resplendor de luz, foram informados por um anjo que o menino esperado havia nascido em Belém. Ao mesmo tempo apareceu uma hoste celestial cantando: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lc 2:14). “Acorreram, então, ao local para observar a ocorrência e certificarem-se do cumprimento da promessa. Quando viram o menino recém-nascido voltaram “glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito” (Lc 2:20). Jesus, quando estava para deixar os discípulos, disse-lhes: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27). É glória para Deus e paz na terra entre os homens de boa vontade. Os seus discípulos procuram agir de forma que tudo sirva para glória de Deus (cf. 1 Co 10:31).

No tempo determinado foi levado ao Templo para agirem de acordo com a Lei. Ali encontrava-se um ancião que esperava o cumprimento da promessa feita a Israel. Quando viu entrar os pais com o menino, exclamou: “Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua salvação, a qual tu preparaste ante a face de todos os povos” (Lc 2:29–31). “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3:17). É salvação para o mundo, pois “em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12).

Contexto histórico

Concernente ao tempo do nascimento do Senhor diremos que é desconhecido. Se havia algum registo, provavelmente desapareceu em virtude das várias guerras infligidas em Israel. A única indicação que temos é que terá acontecido em tempo ameno, favorável aos pastores e seus rebanhos. Por este motivo, nessa época permaneciam nos campos durante a noite. Ora, assim sendo, o nascimento terá acontecido entre Março e Setembro. Porém, o que importa, não é o dia do nascimento, mas a pessoa que nasceu. E nós celebramos a pessoa nascida, não o dia do nascimento.

Parece que houve interesse em substituir a festa pagã ao Sol invencível pela celebração do nascimento de Cristo, supõe-se, em virtude de ser Ele o Invencível Sol da Justiça. Assim, os cristãos, que até ali não desfrutavam algum dia de descanso semanal, começaram repousar dos seus labores no primeiro dia da semana e a celebrar anualmente o nascimento do seu salvador em liberdade. E, deste modo, já não eram obrigados a celebrar a festa pagã em honra do Sol, mas podiam fazê-lo em honra do seu Salvador..

Conclusão

Por conseguinte, o resultado do natal é Deus connosco, Glória para Deus, Paz na terra, Salvação para todos, e Reino dos céus na terra, entre aqueles que o aceitam como salvador e rei. Tendo em vista os maravilhosos resultados do nascimento de Jesus, devemos sempre celebrá-lo com devoção e alegria, mesmo desconhecendo o tempo certo do nascimento de Jesus, assim como o começo da celebração.