O Dicionário K. Larousse define inspiração como “o estado da alma quando influenciada por uma potência superior”. E Webster diz que é “a influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre a mente humana, pela qual os profetas, apóstolos, e escritores sacros foram habilitados para exporem a verdade divina sem nenhuma mistura de erro.” Deus usou as faculdades humanas a fim de produzir uma mensagem divina compreensível pelos humanos. O Senhor procurou a cooperação de homens santos para revelar a Sua vontade.
Evidência bíblica da inspiração divina
As Sagradas Escrituras demonstram evidências de serem inspiradas por Deus. A avaliar pelas circunstâncias em que foram produzidas, por cerca de quarenta escritores, de várias culturas, em tempo aproximado de mil e quinhentos anos, e que concordam na revelação do tema central, que é o Messias e o Seu reino, temos de aceitar a inspiração divina desta revelação.
Além disso, as expressões muito usadas pelos escritores sacros provam que eles atribuíram a Deus a autoria deste Livro que possuímos. Por exemplo, “O Senhor disse”, ou equivalente, aparece mais de três mil e oitocentas vezes em toda a Bíblia. Moisés conta-nos a sua experiência em Êxodo 3.12–15; e o capítulo quatro, versos doze a dezasseis, contém a promessa de Deus os ensinar aquilo que eles haviam de dizer a Faraó. No capítulo 34.27 do mesmo livro está escrito: “Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras, porque conforme ao teor destas palavras tenho feito concerto contigo e com Israel.”
Quando Balaque procurou Balaão para que amaldiçoasse Israel, este respondeu: “esperai, e trarei a resposta como o Senhor me falar.” E o Senhor respondeu-lhe assim: “vai com eles, todavia farás o que eu te disser;” Então, o Senhor pôs a palavra na boca de Balaão e disse: Torna para Balaque e fala assim…” (Nm. 22.8,20 e 23.5). E veio sobre ele o Espírito de Deus, e disse: “Fala aquele que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso…” (Nm. 24.4). Isaías teve experiência semelhante e escreveu deste modo: “Ouvi ó céus, e presta ouvidos tu ó terra, porque fala o Senhor (Is. 1.2); e no verso dez: “Ouvi a palavra do Senhor, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós povo de Gomorra.”
Quanto a Jeremias, vejamos o que está escrito: “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: “Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, e todas as famílias da casa de Israel” (Jr. 2.1–4).
A mesma era a convicção de Jesus. João ouviu-lhe estas palavras: “Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, Ele me deu mandamento sobre o que hei-de dizer e sobre o que hei de falar…portanto, o que eu falo, falo‑o como o Pai mo tem dito” (Jo. 12.49,50).
Paulo faz questão de esclarecer que o evangelho que ele pregava não o tinha aprendido de nenhum mestre, mas o próprio Cristo lho revelara (Gl. 1.11,12). Ainda, ele reconhece e confessa que toda a Escritura que possuímos é inspirada por Deus (2 Tm. 3.16). Pedro confirma igualmente que os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pd. 1.21).
Da mesma forma, João escreveu o seguinte: “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve‑o num livro e envia‑o às sete igrejas que estão na Ásia; “Isto diz aquele que tem na sua dextra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro” (Ap. 1.10,11; 2.1).
Estes são alguns exemplos de como Deus escolhia homens dedicados e fiéis a fim de registarem com rigor a sua Palavra para a posteridade. Hoje, temos a bênção de possuí-la como um farol que alumia em noite escura.
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