O Cristão Bem-aventurado

Leitu­ra da Bíblia

Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo” (Apoc. 1.3)

Bem-aventurança é um estado de felicidade espiritual em virtude da comunhão existente com o Criador. Não consiste meramente de circunstâncias naturais favoráveis, mas, e primordialmente, de atitudes e acções que dignifiquem a alma e o próprio Deus. No livro de Apocalipse encontramos sete bem-aventuranças, ou proposições para a felicidade real, cujo comentário é apresentado em seguida.

Bem-aventurados os que lêem a Palavra de Deus com devoção porque serão muito abençoados. Ela é uma luz viva para o nosso caminho, que revela tanto os perigos como a direcção correcta. É pão para a alma, e imprescindível ao seu robustecimento. É mel para a saúde, indispensável para uma vida espiritual e moral sã. É uma espada para o guerreiro cristão, essencial à vitória sobre o adversário.

Há necessidade de ler a Bíblia no lar, diariamente, assim como nas reuniões da igreja, com vista ao aperfeiçoamento humano. São bem-aventurados os que ouvem a mensagem pela Palavra de Deus, porque por ela recebem fé para a salvação, além de ser o elemento indispensável para adquirir regularmente as promessa divinas; (Apoc. 1.3).

Bem-aventurados os que guardam a Palavra de Deus, porque estão na verdadeira luz, e entrarão no reino dos céus, conforme afirmou o Senhor Jesus. Porque serão protegidos das ciladas do inimigo, que busca sempre a quem possa derrotar.

Cristo assegurou que é bem-aventurado aquele que está ouvindo e praticando a Palavra de Deus. É deste modo que realizamos conforma a vontade do Senhor, e provamos que a nossa fé em Cristo é genuína e dinâmica, a qual resulta em boas obras que glorificam a Deus, e em recompensa pessoal; (Apoc. 22.7).

Bem-aventurados os que lavam, as suas vestes no sangue do Cordeiro, porque entrarão na cidade santa e terão direito à árvore da vida. Desde a queda ficamos privados da comunhão com Deus e da vida eterna. Porém, agora, mediante a fé no sangue de Cristo, podemos renovar a nossa comunhão e, desta forma, readquirir a vida espiritual e eterna. Além disso, faremos parte da comunidade dos santos e da família de Deus; (Apoc. 2.14).

Bem-aventurados os que vigiam, esperando ansiosamente a vinda de Cristo, com vidas santificadas, porque estarão preparados para estar ao seu lado na glória. Bom é não transgredir a vontade divina, os seus mandamentos, mas, se isso acontecer, ainda temos um advogado, Jesus Cristo, o justo, que intercede por nós (Apoc. 16.15).

O apóstolo Pedro aconselha-nos desta maneira: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé” (1 Pd. 5.8). Só resistindo-lhe poderemos viver em vitória a fim de recebermos o justo galardão.

Bem-aventurados os que morrem no Senhor, porque descansam das suas tribulações, e alcançam refrigério na presença do Senhor. Estes são os que, terminando a carreira terrena com fidelidade a Cristo, e vencendo pela fé as várias adversidades, serão consolados na presença de Deus.

Aqueles que morrerem em Cristo é certo que também viverão com Cristo. Ele assegurou: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim ainda que morra viverá.” A morte dos cristãos não é o fim, mas um fim. É o meio pelo qual deixamos a canseira e enfado desta terra, e partimos para o descanso eterno e delícias da presença de Deus; (Apoc.14.13).

Bem-aventurados os que ressuscitarem, quando Jesus aparecer, porque estavam preparados para o efeito mediante a purificação pelo sangue do Cordeiro. Porque não sofrerão o dano da separação eterna de Deus, reservada para os ímpios, incrédulos, e blasfemos. Porque servirão ao Senhor e reinarão com Ele, alegrando-se pelo facto de verem cumprida a sua esperança segundo a divina promessa. O reino de justiça e paz terá chegado; (Apoc. 20.6).

Bem-aventurados os que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro, porque se alegrarão no banquete da vitória junto do seu amado. As bodas são símbolo da união consumada entre Cristo e a sua Igreja, para cuja festa são convidados aqueles que mantêm a pureza de vida, tal como vestes limpas para uma cerimónia de gala. Extremamente felizes são aqueles que não rejeitam o convite que está sendo feito pela pregação do evangelho em todos os lugares da terra. E, por terem colaborado com dedicação na edificação do seu reino, serão honrados à mesa do seu Senhor e Rei (Apoc. 19.9).

Por conseguinte, bem-aventurados são todos aqueles que, havendo sido salvos, vivem com Cristo e o servem na edificação do seu reino. Para mais sobre as implicações pessoais no reino leia o meu livro O REINO DE DEUS, que se encontra na página ESTANTE.

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