O REI ETERNO

O rei eter­no. As Sagradas Escrit­uras citam vários teste­munhos que iden­ti­fi­cam Cristo como o Rei eter­no. Observe­mos somente alguns para con­fir­mar que Ele é o Rei dos Judeus e de toda a ter­ra. “Eis que vêm dias, diz o Sen­hor, em que lev­antarei a David um ren­o­vo jus­to; e, rei que é, reinará e agirá sabi­a­mente, e exe­cu­tará o juí­zo e a justiça na ter­ra” (Jer. 23.5).

Deus tem sem­pre procu­ra­do uma solução jus­ta para o mun­do, emb­o­ra haja sido rejeita­da pelas suas criat­uras. Ele é o prin­ci­pal inter­es­sa­do na justiça e na paz, mas o ser humano despreza sis­tem­ati­ca­mente os seus planos de paz. Jesus prom­e­teu dar-nos a paz, mas uma paz difer­ente daque­la que o mun­do dá. A paz que Ele dá tem origem em Si mes­mo, e todos aque­les que o aceitam exper­i­men­tam essa paz espir­i­tu­al cuja fonte é ele.

Daniel descreveu a visão que teve acer­ca deste Rei: “E foi-lhe dado o domínio, e a hon­ra, e o reino para que todos os povos, nações e lín­guas o servis­sem; o seu domínio é um domínio eter­no, que não pas­sará, e o seu reino o úni­co que não será destruí­do” (Dan. 7.14). 

Deus ain­da se inter­es­sa pela humanidade e espera reinar sobre todos, mas nem todos se inter­es­sam por Ele nem pelo seu reino. É por isso que não há paz nos corações nem no mun­do. O Sen­hor acon­sel­ha os dis­cípu­los a bus­carem primeiro o reino de Deus e a sua justiça para que sejam sat­is­feitas todas as suas pre­ocu­pações e ansiedades terrenas. 

Quan­do o anjo rev­el­ou à virgem Maria a promes­sa dum fil­ho tam­bém lhe disse: “…e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chama­do Fil­ho do Altís­si­mo, e o Sen­hor Deus lhe dará o trono de David, seu pai; e reinará eter­na­mente na casa da Jacó, e o seu reino não terá fim” (Luc. 1.31–33). 

Quan­do Jesus nasceu muitos esper­avam que o reino fos­se politi­ca­mente uma real­i­dade ime­di­a­ta; porém, era necessário efe­t­u­ar primeiro a redenção e pro­por­cionar a regen­er­ação das criat­uras humanas. Para chegar ao trono Jesus devia pas­sar pelo Calvário. Para se ver o reino de Deus é necessário nascer de novo, de cima, do Espíri­to de Deus. Como Jesus disse a Nicodemos: “Na ver­dade, na ver­dade te digo que aque­le que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (Jo. 3.3). Sig­nifi­ca rece­ber o Espíri­to San­to a fim de ser san­to como Deus é santo. 

Quan­do Pilatos, no jul­ga­men­to do Sen­hor, lhe per­gun­tou se Ele era o rei dos judeus, Jesus respon­deu-lhe: “Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mun­do, a fim de dar teste­munho da ver­dade. Todo aque­le que é da ver­dade ouve a min­ha voz” (Jo. 18.37). Aque­les que amam a paz devem dar ouvi­dos às palavras de Cristo porque Ele é o Príncipe da Paz. Cristo veio com uma men­sagem de paz, mas uma paz difer­ente daque­la que no mun­do há. A sua paz começa e per­du­ra no bom rela­ciona­men­to man­ti­do entre Deus e as suas criaturas. 

Enquan­to Jesus con­tin­uar a ser rejeita­do não há pos­si­bil­i­dade de haver paz no mun­do. O que mais pre­cisamos é do espíri­to do Cristo vivo que trans­mite paz à alma ansiosa. A Sua pre­sença dá sen­ti­do à vida e tor­na as pes­soas mais seguras e felizes, ago­ra e na eternidade. 

Quan­do o Sen­hor ini­ciou o seu min­istério pre­ga­va o evan­gel­ho do reino de Deus des­ta maneira: “Arrepen­dei-vos porque é chega­do o reino de Deus”. Este é o plano divi­no para insti­tuir o Seu reino sobre a ter­ra. Sem genuíno arrependi­men­to e a con­se­quente trans­for­mação das pes­soas em novas criat­uras é impos­sív­el cri­ar um reino de paz na terra. 

Sabe­mos que não há religião, ou filosofia, nem for­mação académi­ca, ou qual­quer estraté­gia mil­i­tar, que con­si­ga impor a paz. Sem a ver­dadeira con­ver­são a Deus todo o esforço tem sido vão. Por isso, des­de que Jesus ensi­nou os dis­cípu­los a orar “ven­ha o Teu reino” os cristãos não ces­sam de procla­mar o arrependi­men­to e tra­bal­har para que o Reino de Deus seja uma real­i­dade em toda a terra. 

Esper­amos estar próx­i­mo o tem­po em que Cristo apare­cerá para jul­gar e tomar posse dos reinos do mun­do. Então ouvir-se‑á o clam­or: “Os reinos vier­am a ser do Sen­hor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sem­pre” (Ap. 11.15). Então haverá paz, segu­rança e feli­ci­dade porque o amor de Deus reinará nos corações. Este é o lugar des­ti­na­do ao Gabi­nete do Rei; é ali onde tra­bal­ha diari­a­mente para man­ter a paz e a segu­rança. As pes­soas não apren­derão mais a faz­er a guer­ra e trans­for­marão as armas em uten­sílios de lavoura. Então a pros­peri­dade será grande.

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