Jesus Sacerdote e Rei

2. O Sacerdote é mediador entre Deus e o homem

Os sacerdotes eram consagrados para representar os homens perante Deus, e para oferecerem sacrifícios que asseguravam o favor divino. Uma vez por ano o sumo sacerdote fazia expiação pelos pecados de Israel com sacrifícios animais, cujo sangue era levado ao lugar santíssimo e aspergido ali, no propiciatório, sobre a arca do concerto (cf. Lv. 9.7–9).

Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, entrou num melhor tabernáculo, e com um perfeito sacrifício efectuou uma eterna redenção em favor dos pecadores (cf. Hb. 9.11–14). “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumo sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb. 7.26,27). Voluntariamente, o Senhor aceitou fazer a vontade do Pai para oferecer um sacrifício perfeito em favor dos pecadores (Hb. 10.5–10).

O sacerdote tinha que ter alguma coisa para oferecer sobre o altar, normalmente um cordeiro. Cristo, como sumo sacerdote ofereceu-se a Si mesmo em sacrifício sobre o altar do mundo por todos. Ele participou da nossa natureza para nos representar diante do Pai (Hb. 2.14–18). Sendo necessário que ele tivesse algo melhor para oferecer, ofereceu o seu corpo (Hb. 8.3). O Senhor ofereceu o seu sangue precioso para efectuar uma eterna redenção (Hb. 9.12,14). E porque era perfeito ofereceu um único sacrifício pelos pecados com valor eterno (Hb. 10.12). Por conseguinte, não há mais necessidade de oferecer quaisquer sacrifícios pelo pecado (Hb. 10.17,18).

Visto que o Sumo Sacerdote Jesus entrou no próprio lugar santíssimo, no céu (Hb. 8.1,2), foi feito único mediador entre Deus e os homens (Hb. 4.14–16; 1 Tm. 2.5), e vive eternamente para interceder por nós (Hb. 7.25). João confirma que se alguém pecar temos um advogado perante o Pai, Jesus Cristo, o justo, para nos propiciar e tornar agradáveis a Ele (Jo. 2.1,2).

Portanto, o crente vai confiante ao trono de Deus a fim de achar graça no tempo oportuno (Hb. 4.16). Todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome (At.10.43). Ele é o verdadeiro mediador entre nós e Seu Pai. É o único Advogado pronto a defender a nossa causa. Não há outro nome debaixo do céu que nos garanta a salvação.

3. O Rei perfeito é o governante pacífico

Os reis eram eleitos para garantir a segurança do seu povo. Foi por este motivo que Israel pediu a Samuel um rei à semelhança das outras nações (1 Sm. 8.5). Deus prometeu-lhes um descendente de David que reinaria eternamente no seu trono (Jr. 23.5). Melquisedeque, sacerdote e rei de Salém, é o tipo perfeito deste Rei da paz (Gn. 14.18–20; cf. Hb. 7.1–4, 15–17 e Sl. 110.4). Ele é o sacerdote-rei eterno. O Seu domínio não terá fim.

A profecia já está parcialmente cumprida com a vinda de Jesus. Como está escrito: “O teu rei virá a ti, justo e salvador, pobre e montado sobre um jumento” (Zc. 9.9); A sua concepção milagrosa é revelada a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra” (Lc. 1.30–33). O seu nascimento foi revelado aos pastores que o esperavam: “Na cidade de David vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2.10).

A sua pregação sempre versava sobre o reino dos céus, dizendo: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo” (Mc.1.14,15). O seu interesse primário era o reino dos céus, aconselhando-nos a buscá-lo em primeiro lugar; (Mt. 6.33). E percorria todas as cidades e aldeias pregando o evangelho do reino (Mt. 9.35). Cumprindo a profecia, entrou em Jerusalém montado num jumento (Mt. 21.4,5,9). O rei foi rejeitado e morto; mas recebeu o devido título por cima da sua cabeça: “Este é Jesus, o Rei dos judeus” (Mt. 27.37).

A profecia será totalmente cumprida quando o Senhor voltar para o seu povo. Portanto, é aconselhável aguardar o Senhor Jesus Cristo, único e poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores (1 Tm. 6.14,15). O Apocalipse revela-nos esse cumprimento assim: “E houve no céu grandes vozes que diziam: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap. 11.15). Porque vencerá o Cordeiro, que é Senhor dos senhores e Rei dos reis, e vencerão os que estão com Ele (Ap. 17.14). Se na cruz estava escrito “Rei dos judeus”, no seu vestido estará escrito “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap. 19.16).

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