Genuinidade das Escrituras

GENUINIDADE DA MENSAGEM

A Bíblia que pos­suí­mos é fru­to de cópias extraí­das dos man­u­scritos orig­i­nais já não exis­tentes. Porém, a sua men­sagem não deixou de ser genuí­na. A Palavra de Deus mere­cia o total  respeito dos copis­tas e, des­ta for­ma, tin­ham todo o cuida­do em não alterá-la. Pois, a ordem de Moisés foi esta: “Não acres­centareis à palavra que vos man­do, nem diminuireis dela, para que guardeis os man­da­men­tos do Sen­hor vos­so Deus” (Dt. 4.2).

A gen­uinidade ref­ere-se mais à men­sagem trans­mi­ti­da pelos escritores sacros do que aos doc­u­men­tos orig­i­nais, ago­ra inex­is­tentes. O que pos­suí­mos são cópias de cópias dos orig­i­nais desa­pare­ci­dos. Con­tu­do, a men­sagem per­maneceu fiel porque os copis­tas eram extrema­mente zelosos no seu tra­bal­ho e respeita­dores da ver­dade divina.

Uma pro­va clara da sua exac­tidão é obser­va­da na recente descober­ta arque­ológ­i­ca de muitos man­u­scritos anti­gos, tal como dois man­u­scritos em pergam­in­ho do livro de Isaías, nas gru­tas do Mar Mor­to, datan­do provavel­mente do sécu­lo I ou II antes de Cristo; e o frag­men­to P52 Rylands, com tre­chos do evan­gel­ho de João. Se este evan­gel­ho foi escrito em cer­ca de 95 d.C., então, esta cópia terá sido efec­tu­a­da menos de cinquen­ta anos depois.

Out­ra questão a con­sid­er­ar é a existên­cia de traduções fieis. A expan­são mis­sionária lev­ou o evan­gel­ho para oci­dente, de lín­gua lati­na, e para ori­ente, de lín­gua siría­ca. Isto obrigou a que as Escrit­uras fos­sem traduzi­das para essas lín­guas por vol­ta de 250 d.C. a par­tir de man­u­scritos gre­gos mais anti­gos do que os exis­tentes pre­sen­te­mente. Em segui­da temos uma rep­re­sen­tação do aparec­i­men­to das primeiras ver­sões da Bíblia.

 Primeiras Ver­sões da Bíblia

Ver­são, Data, Lín­gua, Porções do Novo Testamento:

Latim Africano, c. 150 d.C., Latim: Con­tém quase todo o NT.Diatessarom, c. 170 d.C., Siría­co: Um arran­jo dos qua­tro evan­gel­hos num só livro.

Saídi­co, c. 200 d C., Cóp­ti­co: Con­tém quase todo o N T.

Sinaiti­co, IV sécu­lo, Siría­co: Con­tém a maior parte dos Evangelhos.

Vul­ga­ta lati­na, 384 d.C. Latim: Con­tém o Novo Tes­ta­men­to total.

Antes de exi­s­tir a impren­sa, a cópia das Escrit­uras era fei­ta por copis­tas que usavam, primeiro, o papiro, feito de caules de plan­tas aquáti­cas, depois, o pergam­in­ho, for­ma­do de peles de ani­mais. Os mais duráveis são os man­u­scritos em pergam­in­ho, sendo os mais impor­tantes aque­les que se seguem.

 Man­u­scritos em pergaminho

VERSÃO,                 DATA,              NOVO TESTAMENTO:

Codex Vat­i­cano, Mea­d­os do IV séc.: De Mateus a Hebreus 9.13.

Codex Sinaiti­co, Fim do IV sécu­lo: Novo Tes­ta­men­to inteiro.Codex Alexan­dri­no, Começo do V séc.: Quase todo o Novo Testamento.Codex Wash­ing­to­ni­ano, Entre IV — V séc.: Os qua­tro evangelhos.

A Har­mo­nia dos Evan­gel­hos deve ser tam­bém con­sid­er­a­da com respeito à gen­uinidade da men­sagem. É inter­es­sante ver­i­ficar como os qua­tro evan­gel­hos nos apre­sen­tam um rela­to com­ple­to da pes­soa que é Jesus Cristo. Enquan­to Mar­cos nos apre­sen­ta Jesus como o ser­vo de Deus, Mateus apresenta‑o como o Rei glo­rioso, e Lucas mostra‑o como o homem perfeito.

 O evan­gel­ho de João fornece-nos a sua própria obser­vação do Jesus amoroso. Isto sig­nifi­ca con­hecer a pes­soa sob qua­tro per­spec­ti­vas, o que tor­na o con­hec­i­men­to com­ple­to. Prati­ca­mente quase toda a infor­mação de Mar­cos se encon­tra em Mateus e em Lucas. Este fac­to for­ma uma bela sinopse dos três evan­gel­hos. João pinta‑o como o Fil­ho de Deus que veio como cordeiro para ser sac­ri­fi­ca­do pelos pecadores. Quan­do os qua­tro pon­tos de vista são com­bi­na­dos ofer­e­cem-nos um quadro per­feito de Jesus e do seu ministério.

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