Leitura: 1 João 2:7–11
“Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, e não sabe para onde vai porque as trevas lhe cegaram os olhos.” (v. 11)
Reflexão
A questão supra foi dirigida a Caim após ele ter assassinado seu irmão Abel. Então respondeu que desconhecia o paradeiro do irmão. Depois da queda, o homem sofreu uma completa mudança no centro do seu ser e tornou-se insensível ao sofrimento humano. Embora tivesse sido criado à semelhança do Criador, perdeu essa imagem e passou a ter uma imagem distorcida de si mesmo.
Caim aborreceu o irmão pelo facto de a espiritualidade de Abel o ter guiado a oferecer um sacrifício agradável a Deus, o qual prefigurava o sacrifício vindouro do cordeiro de Deus pela humanidade. Não convém invejar o relacionamento do nosso irmão com Deus porque “a inveja é uma cadela raivosa que morde no próprio dono”. E quando este fica mordido procura, de qualquer maneira, vingar-se e busca a sua vítima para sacrificar. Enquanto a obediência produz justiça, a desobediência provoca inveja e injustiça.
O apóstolo assevera que quem odeia o seu irmão permanece em trevas e desconhece o seu rumo. Fica sem alvo, desorientado, e à mercê dos impulsos da psique alterada pelo pecado. Mas Paulo aconselha o seguinte: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.” O Senhor retribui tanto o mal como o bem; portanto, é conveniente entregar a Deus todo o juízo e esperar pela Sua justiça.
Oração
Meu Pai celestial, ajuda-me a considerar a diferença do meu irmão e a não ficar exaltado por esse facto. Ajuda-me também a ser generoso para todos os meus irmãos. Amém.