“Quem é este que profere blasfémias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus?” Luc 5.21

Uns amigos tinham acabado de levar perante Jesus um homem paralítico, o qual desceram pelo telhado em virtude de não poderem entrar pela porta da casa. A primeira reacção de Jesus, ao ver aquele homem necessitado perante ele, foi conceder-lhe o perdão dos seus pecados. Houve logo murmurações, críticas e acusações. O Senhor tinha blasfemado com as Suas palavras de perdão. Porquê? Porque se colocara no lugar que pertence a Deus e concedera o perdão que só Ele pode dar.

Porém, desconheciam os Seus adversários que Jesus é Deus à semelhança do Pai com os mesmos privilégios e possibilidades. Quando veio do céu foi investido com poderes divinos para agir aqui em nome do Seu Pai, e tudo o que fazia era com autorização e poder concedidos pelo Pai. Podemos usar como ilustração a autoridade concedida pelos Estados às autoridades policiais para estas agirem legitimamente em favor da lei.

As autoridades policiais são revestidas com vestes especiais para serem distinguidas das outras pessoas e serem respeitadas nas suas funções. O Senhor Jesus foi revestido pelo Pai de tal forma que podia dizer: “Que me viu a mim viu o Pai”. Tinha sido nomeado, ungido, autorizado e capacitado por Seu Pai para agir em nome do Pai. Tudo aquilo que fazia tinha o cunho do Pai do Céu. E quem está capacitado para criticar as acções de Deus?

O Senhor Jesus operou pelo menos três grandes benefícios naquele homem paralítico. O principal e maior benefício foi conceder-lhe o perdão de seus pecados, coisa que ninguém merece ainda que se julgue uma pessoa muito recta. É do perdão que dependem as demais bênçãos espirituais e físicas dum indivíduo. Como comprovativo da sua autoridade para perdoar pecados, o Senhor praticou o segundo benefício àquele homem. Curou‑o da paralisia e ordenou que se levantasse e fosse para casa. Em terceiro lugar, este homem, anteriormente inútil, estava em condições de fazer a sua vida normal e voltar a ser feliz com toda a sua família.

Perante este maravilhoso facto todos testemunharam ter visto coisas extraordinárias e glorificaram a Deus que agira com tal poder em benefício dum homem carecido. Igualmente, nós temos motivos bastantes para agradecer a Deus pelos Seus feitos poderosos mediante nosso Senhor Jesus Cristo.

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