Leitura: Salmo 51
“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.” (vv. 1, 2)
Reflexão
O poeta salmista legou-nos um rico Salmo, apropriado a todas as criaturas de Deus. Pois todos nos sentimos na mesma situação e carecemos do mesmo perdão. O apóstolo João escreveu a este respeito: “Se dissermos que não temos pecado enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.”
Há três expressões do pecador que revelam o sentimento acerca do pecado: Nasci em iniquidade, conheço as minhas transgressões, contra ti pequei.” Pensar nisto até causa arrepios, certos tremores na medula, mas devemos avançar no pensamento e clamar pelo perdão imerecido. Ora, sendo Deus o mesmo, sem mudança alguma, podemos confiar na Sua compaixão para nos perdoar e purificar de todo o pecado.
Mas também se exprime de três maneiras para suplicar o perdão do Senhor. “Apaga as minhas transgressões” é a imploração do pecador para Deus limpar o registo do seu pecado a fim de jamais poder ser contemplado. “Lava-me completamente” é o desejo de eliminar qualquer marca de transgressão que perturbe a sua mente e provoque infelicidade. “Purifica-me do meu pecado” é o interesse de poder adquirir a pureza adequada à comunhão com o Senhor.
João diz: “…temos um Advogado diante do Pai, Jesus Cristo, o justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”