Ministérios da Igreja

OS MINISTÉRIOS DA IGREJA

Tomamos como base para o nos­so estu­do a primeira epís­to­la aos corín­tios em vir­tude de Paulo procu­rar, através dela, cor­ri­gir anom­alias exis­tentes naque­la igre­ja. Uma lista encon­tra-se em 1 Co. 12.28, out­ra em Ef. 4.11, e ain­da Rm. 12.6–8.

Há min­istérios proféti­cos empen­hados na men­sagem de Deus para o povo. Aqui­lo que têm a diz­er deve ser dito com fidel­i­dade às Sagradas Escrit­uras e na direcção do Espíri­to San­to. Con­tu­do, ninguém tem domínio sobre a fé dos out­ros, mas serve-lhes de exem­p­lo (cf. 2 Co. 1.24. 1 Pd. 5.5).

E há min­istérios que servem de apoio àque­les. O primeiro exem­p­lo encon­tra-se em Actos 6.1–4, quan­do os após­to­los fiz­er­am eleger alguns home­ns para os aju­dar. Ambas as class­es oper­am na igre­ja local para bom fun­ciona­men­to da mes­ma. Ninguém deve desprezar algum deles para seu próprio bem e da igreja.

Após­to­los, foram os primeiros eleitos pelo Sen­hor, a quem Ele entre­gou a mis­são de encher a ter­ra com o seu teste­munho (Mt. 10.1–4). Tiver­am uma exper­iên­cia pes­soal com Cristo e foram teste­munhas ocu­lares dos seus feitos (At. 1.21,22). Há no N. T. seten­ta e nove refer­ên­cias aos após­to­los que mere­cem atenção.

O vocábu­lo “após­to­lo” é de origem gre­ga, e tem o mes­mo sig­nifi­ca­do que mis­sionário, que é de origem lati­na. É aque­le que se deslo­ca para mis­sões exter­nas, levan­do o con­hec­i­men­to de Deus a out­ros povos. Após pas­sar uma noite em oração, Jesus ajun­tou os seus dis­cípu­los e escol­heu doze deles a quem chamou após­to­los (Lc. 6.12,13; At. 1.2). Então envi­ou “apos­tellw” (apos­té­lo, vb. enviar) estes doze a pre­gar, dizen­do: “É chega­do o reino dos céus” (Mt. 10.5).

Esta foi sem­pre a sua men­sagem. A igre­ja prim­i­ti­va teve out­ros após­to­los, escol­hi­dos e envi­a­dos pelo Espíri­to San­to, e aceites pelas igre­jas. Em Jerusalém “Disse o Espíri­to San­to: Apartai-me a Barn­abé e a Saulo para a obra a que os ten­ho chama­do (At. 13.2,4). Paulo recon­hece-se pre­gador, e após­to­lo, e mestre dos gen­tios (2 Tm. 1.11). As suas cre­den­ci­ais eram os sinais evi­dentes (1 Co. 9.1).

Ele disse: “Os sinais do meu apos­to­la­do foram man­i­fes­ta­dos entre vós com toda a paciên­cia, por sinais, prodí­gios e mar­avil­has” (2 Co. 12.12). Em 2 Co. 8.23 lê-se no grego: “Quan­to a nos­sos irmãos são (após­to­los) das igre­jas e glória de Cristo.” Epafrodi­to é chama­do por Paulo “vos­so envi­a­do (após­to­lo) para prover as min­has neces­si­dades” (Fp. 2.25).

Pro­fe­tas, é um min­istério que pode ser cumpri­do por qual­quer dos out­ros des­de que seja rece­bi­da a rev­e­lação do Espíri­to San­to. Jerusalém tin­ha pro­fe­tas activos que provi­am con­sel­hos de Deus para edi­fi­cação da igre­ja (Act.11.27–30; 15.32; 21.10,11). Em Antio­quia havia pro­fe­tas e doutores que acon­sel­haram sobre a mis­são de Barn­abé e Saulo (At. 13.1,2). Os pro­fe­tas devem ter o cuida­do de edi­ficar, con­so­lar, e acon­sel­har, onde quer que este­jam (1 Co. 14.3,24). O dom proféti­co ain­da não ter­mi­nou, mas deve ser orde­na­do e jul­ga­do pelos out­ros (1 Co. 14.29–33).

Evan­ge­lis­tas, anun­ci­am a boa nova, recebem a vocação para evan­ge­lizar, e são envi­a­dos a procla­mar a men­sagem da sal­vação a todos, a fim de crerem e aceitarem Cristo como seu Sal­vador (Ef. 4:11; 2 Tm. 4:5).

Pas­tores. Este min­istério é tam­bém definido por pres­bíteros, ou bis­pos, e têm a mis­são de vigiar, apas­cen­tar o reban­ho com ali­men­to ade­qua­do, e pro­tegê-lo das fal­sas doutri­nas (At. 20.28–30). Têm que ser mestres na apre­sen­tação do ali­men­to, ou o povo ficará fam­into e engana­do. Paulo acon­sel­ha que esta mis­são deve ser con­fi­a­da “a home­ns fiéis, que sejam idó­neos para tam­bém ensinarem out­ros” (2 Tm. 2.2).

Mestres, é um min­istério que con­ta com o dom da exposição da Palavra; e, tal como os após­to­los e pro­fe­tas, via­javam ensi­nan­do as ver­dades bíbli­cas ao povo (Act.11.26). O Sen­hor Jesus era trata­do por Mestre (cf. Mt. 8.19). A origem da palavra pro­va que o mestre tem de ser didác­ti­co, ou, capac­i­ta­do para ensi­nar. Entre as cinquen­ta e nove refer­ên­cias deste vocábu­lo no N.T., quarenta e duas delas dizem respeito a Cristo. Paulo con­sid­er­a­va-se pre­gador, após­to­lo, e mestre dos gen­tios (2 Tm. 1.11).

OUTROS MINISTÉRIOS

Mila­gres. Este min­istério esteve acti­vo no Anti­go Tes­ta­men­to, espe­cial­mente com Elias e Eliseu. Quan­do o Sen­hor nomeou os doze após­to­los orde­nou-lhes que fos­sem aos per­di­dos de Israel dizen­do: “É chega­do o reino dos céus. Curai enfer­mos, limpai lep­rosos, ressus­ci­tai mor­tos, expul­sai demónios; de graça recebestes de graça daí.” (Mt. 10.6–8). Jun­ta­mente com dons de curas, este min­istério adap­ta-se bem ao evan­ge­lista, assim como Fil­ipe, que atrai as pes­soas para o ouvir e se ren­derem ao Sen­hor (At. 8.5–7). Pedro comprovou‑o curan­do um par­alíti­co em nome de Jesus (At. 3.6,7). Note-se que Paulo é o mod­e­lo do evan­ge­lista que via­ja fun­dan­do muitas igre­jas por toda a parte (2 Co. 12.12). Por con­seguinte, este min­istério pode muito bem estar inte­gra­do noutro qual­quer. Este min­istério ain­da está acti­vo na Igre­ja por acção do Espíri­to San­to (1 Co.12.9).

Socor­ros, é um min­istério que, pelo ter­mo usa­do, ver­i­fi­camos ser de carác­ter social, aux­il­ian­do aos que estão na lin­ha da frente, mas operan­do de for­ma espir­i­tu­al como os demais (cf. At. 6.3). Este ter­mo socor­ros ocorre somente em 1 Co.12.28. Porém, a sua função está clara nos aju­dantes dos após­to­los; sobre­tu­do, Paulo men­ciona alguns deles. Temos uma grande lista em Romanos 16. Den­tre todos, pelo menos estes: Febe, v.1. Priscila e Áquila, v.3. Maria, v.6. Andróni­co e Junia, v.7. Urbano, v.9. Ape­les, v.10. Trife­na e Tri­fosa; Pér­si­da, v.12. Rufo, v.13. Timó­teo, Tér­cio, e Gaio; vv. 21–23. Com­parar ain­da 1 Co. 16.15–18.

Estes pare­cem ser os diá­conos men­ciona­dos noutros lugares da Escrit­u­ra porque servem a igre­ja ded­i­cada­mente. Além dis­so, quan­do diz, “servem”, é men­ciona­do o ver­bo grego “diakonew”, deriva­do de “diá­cono”. “Porque os que servirem bem como diá­conos adquirirão para si uma boa posição e mui­ta con­fi­ança na fé que há em Cristo Jesus” (cf. 1 Tm. 3.13). Aos diá­conos são exigi­dos os mes­mos atrib­u­tos espir­i­tu­ais quan­to aos out­ros min­istros: “Con­vém que o bis­po seja irrepreen­sív­el, mari­do de uma mul­her, vig­i­lante, sóbrio, hon­esto, hos­pi­taleiro, apto para ensi­nar,” etc. da mes­ma sorte os diá­conos e as mul­heres” (cf. 1 Tm. 3.2,8,11).

Gov­er­nos. A úni­ca vez que aparece esta palavra é em 1 Co. 12.28. O vocábu­lo grego tem o sen­ti­do de pilotagem, sendo usa­da, com este sen­ti­do, uma deriva­da para men­cionar o pilo­to do bar­co que trans­porta­va Paulo a Roma ( cf. Act. 27.11). Des­ta derivou o nos­so ver­bo gov­ernar. Não é difí­cil con­cluir que o pilo­to duma igre­ja local seja o pas­tor local, eleito pela mes­ma igre­ja local.

Con­forme está explíc­i­to aci­ma, em Mestres, é ele quem con­hece o cam­in­ho pelo qual deve con­duzir o povo que Deus colo­cou sob a sua respon­s­abil­i­dade (cf. At. 20.28). Observem-se alguns sinón­i­mos para esclarec­i­men­to: Em 1 Ts. 5.12, Paulo recomen­da “aque­les que tra­bal­ham entre vós, presi­dem e admoes­tam no Sen­hor.” Em Hebreus 13.7,17,24, o autor acon­sel­ha obe­diên­cia aos “vos­sos pas­tores” ou vos­sos guias, como no original.

Pode trans­ferir Estu­do com­ple­to AQUI

 

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