Deus é paciente e consolador
“Ora, o Deus de paciência e de consolação vos dê o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis a Deus e Pai.” (Rom. 15:1–6)
Como cristãos adoramos um Deus paciente e consolador, que não desiste de amar e confortar as pessoas aflitas e desanimadas. Como está escrito: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.” E o Filho deixou-nos este convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” O Espírito Santo é chamado o Consolador; até atribui dons proféticos para consolação.
Em tempos de pressão todos carecemos de paciência e conforto. E o Espírito de Deus é quem nos pode moldar e confortar. Assim como uma mãe conforta o seu filho, também o Senhor o faz. Silenciemos todas as outras vozes para podermos ouvir a tranquila voz do Consolador, que procede do Pai e do Filho.
O salmista escreveu com ternura: “A tua vara e o Teu cajado me consolam.” Com a vara repreende-nos quando estamos no caminho errado. Com o cajado levanta-nos se tivermos caído na fossa da perdição. Além disso, como bom pastor guia-nos a pastos verdejantes e a águas tranquilas, os quais consolam em tempo de fome e sede. E diz: “Quem tem sede venha a mim e beba.” Quem fica saciado alcança plena consolação.
“Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo.” Rom. 15:13–16)
Todos precisamos duma vida estável, mas isso exige esperança, ou considerar como provável a concretização do que se deseja. A esperança é a âncora da alma. Enquanto a fé se apoia nas promessas de Deus, a esperança apoia-se na fé, e a alma apoia-se na esperança. A fé antecipa os factos, mas a esperança vê a sua concretização. Deus, porém, é o funda- mento de ambas, da fé e da esperança. É nele que devemos estar firmados para atingirmos os nossos propósitos.
As promessas de Deus constam na Sua Palavra e são o estímulo da esperança que nos alimenta a expectativa na concretização dos factos. Quando Deus se encontra no fundamento deste processo podemos estar certos que as coisas acontecerão segundo o Seu decreto. Como está escrito: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.” Ele é o Deus da esperança.
Visto que ninguém pode agradar a Deus sem fé, também ninguém pode receber de Deus sem esperança. Foi por isso que Jesus certa vez declarou, literalmente: “Tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebestes e será vosso.” As promessas de Deus devem ser consideradas como estando já em nossas mãos. É semelhante à promessa dum pai a seu filho, que no regresso duma viagem lhe traz o brinquedo que gosta, e ele exclama com alegria: “Já tenho um avião!” Ele acredita na promessa do pai e tem esperança na concretização da mesma porque seu pai é fiel.