AMOR RESTAURADOR
“Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus; porque pela tua iniquidade tens caído. Tomai convosco palavras e voltai para o Senhor;” (Oséias. 14:1–2)
As causas da apostasia são várias. Israel tinha-se voltado para os deuses pagãos da terra conquistada em busca de socorro. Este foi o mais grave pecado da nação, que lhe deu o epíteto de prostituta, ou adúltera. Porém, Deus é tão amoroso que a convida incessantemente a voltar para Ele com verdadeiro arrependimento do seu pecado.
Quantas vezes simulamos viver uma vida mais devota que a realidade; permitimos que algum pecado secreto corroa o âmago da nossa santidade; negligenciamos a vigilância e a oração; ou sucumbimos à tentação e procuramos justificar-nos perante a voz da consciência! Deus é imutável; está sempre apelando ao regresso e pronto a perdoar o mais vil pecador. Acreditemos na possibilidade da restauração total daqueles que voltam para o Senhor.
Foi assim que Jesus lidou com Pedro após a sua desastrosa queda na hora do julgamento do Senhor. Certo dia interpela‑o deste modo: Pedro amas-me? Foi desta forma que despertou na sua consciência o facto da negação anterior, a fim de levá-lo a confessar o seu amor ao Mestre. Primeiro somos quebra- dos em pedaços para depois sermos completamente restaurados. Então, ficamos em condições de restaurar também os nossos irmãos.
“De maneira que, pelo contrário, deveis perdoar-lhe e consolá-lo para que ele não seja devorado por excessiva tristeza.” (2 Cor. 2:7)
O trecho supra refere-se a algum membro da igreja que ofendeu todos com o seu pecado. Por esse motivo, teve de ser castigado para sentir necessidade de arrependimento, o qual, por sua vez, leva à restauração. E o tempo adequado para restauração é após a confissão de arrependimento sincero. Nesse caso, deve cessar o castigo para que o indivíduo não seja devorado por excesso de punição. Ao invés disso, devem os membros do corpo confortar o tal, de modo a restaurá-lo ao seu lugar no corpo de Cristo.
Eis dois factores importantes do cristianismo prático que contribuem para edificação da igreja. A concessão de perdão e conforto ao castigado contribui para que haja ânimo e vida espiritual. Por outro lado, onde não houver este cuidado, só haverá desânimo e morte espiritual. Tenhamos o cuidado de agir com os outros da mesma forma que gostaríamos que fizessem connosco. Quem sabe se amanhã será a minha vez?!
Consideremos que Satanás é o nosso principal adversário, e espreita sempre uma oportunidade para destruir os eleitos de Deus, alvitrando: “Vês o que te fizeram; o que estão fazendo jamais acaba; ficas moralmente destruído! A fim de não permitirmos que ele tire vantagem desta situação, devemos guiar a pessoa ao arrependimento, quanto antes, e confortá-la com o nosso amoroso perdão.
Meu Senhor, peço a Tua ajuda para amar o meu irmão, a fim de poder perdoá-lo, confortá-lo, e buscar a sua rápida restauração. Amém.
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