Written on Dezembro 18th, 2013 by Constantino Ferreira
Jesus Luz do Mundo
Leitura: João 8:12–20
“Então Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (v. 12)
A estrela Sírius está tão distante da terra que leva oito longos anos para a sua luz chegar até nós. Contudo, o seu brilho é, no telescópio do astrónomo, semelhante ao do Sol. Se a luz duma estrela criada é assim na esfera física, como será o esplendor daquele que é o seu Criador? As Escrituras dizem que “Deus é luz e não há nele trevas algumas.”
Noutro lugar, somos informados que “Deus é um fogo consumidor.” Tal esplendor atrai-nos e envolve-nos a ponto de resplandecermos o Seu brilho. Por isso, Jesus disse que os seus discípulos são a luz do mundo. Durante a noite, o resplendor do Sol é projectado na lua, que o reflete sobre nós, mas, ainda que bastante reduzido, somos beneficiados por essa luz noturna.
Como discípulos de Cristo estamos expostos à Sua luz, que espiritualmente se reflecte sobre nós e, por sua vez, é refletida no mundo através do nosso procedimento. Naturalmente, para que isso aconteça é necessário seguir o Seu exemplo e realizar boas obras em Seu nome. A nossa leitura em epígrafe é precedida por um belo exemplo do Senhor.
Enquanto alguns líderes religiosos estavam dispostos a lapidar a mulher, Jesus manifestou compaixão, perdão e libertação. Ele não veio para condenar, mas para salvar. Assim deve acontecer com os Seus discípulos. Ele aconselha: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.” Eis o reflexo da luz recebida da fonte geradora que é Deus. No início deste Evangelho João testemunha que viram a Sua glória, própria do Filho unigénito de Deus.
CRISTÃOS a LUZ do MUNDO
“pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz, …aprovando o que é agradável ao Senhor.” (Ef. 5:8–10)
São Paulo faz referência ao texto inicial de Génesis, quando Deus disse que a luz brilhasse nas trevas, “é quem brilhou em nossos corações para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.” (2 Co 4:6). Parece que recuou ao tempo da sua experiência no caminho de Damasco, quando a luz brilhou de forma a contemplar a face do Senhor.
À semelhança do caos na criação, dominado pela escuridão, o apóstolo experimentou as trevas da ignorância, mas Deus disse “haja luz” e houve luz, e pôde contemplar o rosto daquele que perseguia, a luz da vida. E a luz resplandeceu nas trevas, e as trevas fugiram e aconteceu um novo dia. Saulo de Tarso era agora, após o encontro com Cristo, uma nova criatura para levar a luz às nações. A tormenta que perseguia os discípulos de Cristo desapareceu e a paz regressou aos corações.
Também nós outrora vivíamos em trevas, mas um dia raiou a luz em nossos corações e pudemos contemplar o Salvador ressurrecto. Aquele que é a luz do mundo brilha em Seu total esplendor para ser seguido por todos. E quem O segue não anda mais em trevas, mas tem a luz da vida. Quem tem a luz da vida afasta-se dos obstáculos pecaminosos a fim de não perder a sua alma no abismo. Desvia-se dos procedimentos imorais, das conversas indecorosas, e de toda a injustiça.
Mais adiante, o apóstolo escreve: “Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus.” A melhor maneira de viver na luz é procurar fazer todas as coisas para glorificar a Deus, assim como Jesus, que fez tudo para glória do Pai.
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