Written on Dezembro 22nd, 2011 by Constantino Ferreira
JESUS NASCEU
Lucas não era um dos discípulos iniciais de Jesus, nem uma testemunha ocular das suas obras poderosas. Pois, não lemos dele até à segunda viagem de Paulo na qual ele se torna um ajudante precioso do apóstolo (c. 42 A. D.). Sem dúvida, ele praticava medicina em Antioquia durante o ministério de Cristo. O escritor informa-nos que muitos procuraram narrar os mesmos factos ocorridos na Palestina, e que também ele quis organizar um relato minucioso para o excelentíssimo Teófilo. Há três fortes razões para aceitar o seu evangelho:
a. Ele recebeu toda a informação dos principais discípulos do Senhor que foram testemunhas oculares das suas obras poderosas.
b. Foi companheiro constante de Paulo, de quem ouviu muitas vezes a pregação do evangelho e o ditado de seus escritos.
c. Sobretudo, ele dependeu da inspiração plena do Espírito Santo para relatar o mais importante para a nossa salvação, conforme 2 Tm 3.16.
João foi uma testemunha ocular desde o princípio e o discípulo amado do nosso Salvador. Ele escreveu o evangelho cuja leitura nos faz voar aos céus, às alturas como as águias. No prólogo, João afirma que Jesus era o Logos, eterno, criador, vida e luz, e que habitou entre nós com glória. João pinta Jesus como o divino Filho de Deus.
A encarnação de Cristo é a maior revelação que Deus tem feito ao homem. Logos é o princípio das coisas. É a revelação do Deus eterno e poderoso, o Criador do Universo. Tal como o Pai, o Filho é incriado; jamais teve princípio, nem terá fim. Todas as coisas foram feitas por Ele, subsistem por Ele e são para Ele (Cl 1.15–17). Este Logos tomou a forma humana para se relacionar com os humanos e dar a vida por eles.
Ele era a luz, fonte da vida, enquanto as trevas o são da morte. Ele veio para os judeus, mas, porque estavam em trevas não o compreenderam e rejeitaram-no. Se Ele fosse simplesmente carnal como eles talvez o aceitassem, mas, porque era espiritual foi rejeitado.
Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes o direito, ou poderoso privilégio, de se tornarem filhos de Deus. Ele provê-nos a maior concessão jamais alcançada pelos mortais. Aqueles que o aceitaram viram a sua graça, verdade e glória. Viram nele a verdadeira expressão da divindade.
O seu nome (Yeshua) foi indicado pelo anjo e significa o ofício e a sua missão, que teria de cumprir como Salvador do mundo. A sua filiação era dupla: Filho de Deus mediante a operação de Deus; e filho de David mediante a cooperação de Maria. Portanto, Filho de Deus e Filho do Homem. Trazia a natureza divina pré-existente, e recebeu a natureza humana para conviver com os homens e morrer por eles.
O seu reino não seria somente um reino espiritual, mas um reino temporal prometido por Deus mesmo antes de David ter nascido. tando-se do seu verdadeiro sentido, enquanto outros literalizam tudo revelando uma tendência materialista.
Ainda que o trono de David fosse uma realidade temporal, visível e tangível, não era propriamente seu; ele era meramente o executivo duma teocracia criada por Deus em benefício da humanidade. David era um homem segundo o coração de Deus porque fazia a Sua vontade (Act. 13.22).
Concluímos, pois, que o Grande Filho e Sucessor de David restaurará a teocracia criada por Deus para bênção de todos. A magnitude dos seus divinos atributos, graça e glória, é tão incompreensível pelo intelecto humano que se corre o risco de minimizar a sua realidade.
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