Deus eterno. Se perguntarmos ao profeta Isaías o que pensa de Cristo ele nos dirá: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is. 7.14). Este nome, que significa Deus connosco, foi dado posteriormente ao menino nascido em Belém da Judeia, da descendência de David. O Espírito Santo interveio nessa concepção de forma a trazer ao mundo o Deus-Homem a fim de viver entre os mortais e, assim, Experimentar as mesmas aflições e tentações.
Na realidade, Jesus suportou como nós a fome, a sede, o cansaço, a tentação e o desprezo. Deus estava entre os homens compartilhando da sua vida. Por outro lado, estava dando-nos a oportunidade de podermos hoje compartilhar da Sua vida eterna.
Mas o profeta é mais enfático e, no trecho bíblico de Isaías 9.6, chama-lhe “Deus forte”. Realmente, Ele é antes de todas as coisas e tudo foi feito por Ele. Eis o testemunho de João: “No princípio era o Verbo (o Logos) e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo encarnou e habitou entre nós e vimos a Sua glória” (Jo. 1.1,14).
Aquele que no princípio criou o mundo veio morar entre as suas criaturas a fim de lhes revelar a Sua real natureza. O Emanuel tornou possível o conhecimento de Deus. Ele confirmou isso quando se dirigiu a Filipe, que lhe havia manifestado o desejo de ver o Pai. Disse-lhe Jesus: “Estou à tanto tempo convosco e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu mostra-nos o Pai?… Crede-me que estou no Pai e o Pai em mim; crede-me ao menos por causa das mesmas obras” (Jo. 14.9–11).
As maravilhas operadas pelo Senhor indicam claramente que só Deus as poderia realizar. Os cegos viram, os coxos andaram, os leprosos foram curados, os mudos falaram, os demónios foram expulsos, os ventos e os mares obedeceram-lhe, e os pecados foram perdoados. Só Deus tem poder para realizar tais operações e as mesmas revelam que Jesus é Deus.
Jesus Cristo é a encarnação do Logos divino para manifestar ao mundo o maravilhoso Ser que é Deus. Apesar da incarnação permaneceu um só Deus. Ele mesmo afirmou que “Eu e o Pai somos um”. E “quem não honra o Pai não honra o Filho”.
Aqueles que procuram adorar a Deus devem fazê-lo através do Filho porque, disse Ele: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Só Ele é o caminho. O céptico Tomé, após se haver certificado que Jesus ressuscitara, fez a seguinte confissão com certo espanto: “O meu Senhor e o meu Deus!”
Vejamos como um judeu duvidoso reconheceu como Deus aquele que ressuscitou dos mortos. Poderá o leitor permanecer incrédulo a este respeito? Reconheça‑o como Criador, Salvador e Senhor da sua vida, permitindo que Ele guie os seus passos através dos anos. Vale a pena mencionar algumas expressões dos apóstolos para avaliar o seu pensamento acerca de Jesus.
Paulo achou nele “a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação” (Cl. 1.15). O apóstolo testifica que Ele é “Deus bendito Eternamente” e, ainda, “o grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom. 9.5; Tit. 2.13). Segundo o mesmo servo de Deus, diz: “A Ele se dobrará todo o joelho dos que estão nos céus, na Terra e debaixo da Terra” (Fp. 2.10). Pedro define‑o como o “nosso Deus e salvador Jesus Cristo” (2 Ped. 1.1).
João apresenta‑o como o verdadeiro Deus, desta maneira: “E sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. 1 Jo. 5.20).
Cristo é Deus porque é anterior a todas as coisas; Ele é Deus porque tudo foi criado por Ele e tudo subsiste por Ele. Cristo é santo e poderoso para operar maravilhas em todos os tempos. Ele é a vida e a luz dos homens. Ele é a Verdade e o Caminho que conduz à felicidade. A Sua presença torna as pessoas felizes agora e na eternidade.
Há um vazio no ser humano que só o Senhor pode preencher com perfeição. Jamais alguém, ou alguma coisa, poderá satisfazer plenamente como Cristo. Ele é único, Ele é Deus. Ele é a perfeita medida do vazio que há no homem.
Por conseguinte, após o que tem lido sobre Jesus, quem é ele para si? Um homem vulgar, ou o Mestre divino? Será ele um grande filósofo, ou o Filho de Deus? Um visionário, ou o Profeta de Deus? Será um suicida, ou o Cordeiro de Deus? Um sacrificador, ou o Sacerdote eterno? Será um mercenário, ou o Bom pastor? Um político vulgar, ou o Rei eterno, ou o Deus eterno? Afinal, quem é Jesus para o leitor?