Jesus e os apóstolos usaram ilustrações para tornar compreensíveis muitas verdades espirituais. Valemo-nos das principais a fim de explicar a Igreja.
I. Candelabro. Esta é uma bela figura da Igreja de Cristo. Jesus ensinou que os seus discípulos são a luz do mundo, e que essa luz deve brilhar para todos a fim de glorificarem a Deus (Mt. 5.14,16). O Senhor revelou a João que os sete castiçais que ele tinha visto são as sete igrejas, símbolo da Igreja Universal, no meio das quais Cristo se move” (Ap. 1.20; 2.1). O Senhor revelou também que a perda do amor implica não haver luz; sendo, por isso, inútil ocupar esse lugar, o candelabro será retirado, se não houver arrependimento (Ap. 2.4,5). Jesus aconselhou vigilância para que “estejam cingidos os vossos lombos e acesas as vossas lâmpadas” (Lc. 12.35).
II. Corpo de Cristo. O corpo humano é a habitação da personalidade. Então, logo que fomos regenerados Cristo passou a habitar espiritualmente em nós (Jo. 16.23). Muitos membros, mas um só corpo; (1 Co. 12.12). O corpo de Cristo (1 Co.12.27). Ele é a cabeça do corpo (Ef. 1.22,23). Ele deu ministérios para edificação do corpo (Ef. 4.12). Somos membros do seu corpo (Ef. 5.30). Os membros dependem da cabeça para orientação, assim como a cabeça depende dos membros para as realizações.
III. Noiva de Cristo. São todos os santos, quais virgens puras, que estão esperando a sua união com Cristo no céu. O Senhor prometeu voltar e levar-nos para si mesmo” (Jo. 14.2,3). Porque Ele amou deu a vida pela noiva (Ef. 5.25–27). João viu a cidade santa, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu como uma noiva “nunfh” (nynfê) preparada para o seu marido (Ap. 21.2). No verso nove conta que um dos anjos lhe mostrou a noiva, a mulher “gunh” (guinê) do Cordeiro. “Porque vindas são as bodas do Cordeiro e já a sua esposa “gunh” se aprontou” (Ap. 19.7).
IV. Pedra preciosa. O Senhor revelou ser semelhante a uma pérola, ou, “margarithn” (margaritên) pela qual despendeu tudo quanto tinha a fim de comprá-la (Mt.13.46). E foi revelado a João que a grande cidade, a santa Jerusalém, que descia do céu, tinha a glória de Deus e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima (Ap. 21.10,11). E as suas portas eram doze pérolas de grande valor (Ap. 21.21).
V. Rebanho. É o símbolo da unidade. Os santos na terra vivem unidos pelo Espírito em submissão ao Sumo Pastor e Bispo das suas almas (1 Pd. 2.25), o qual guia, cuida e protege os que são seus. O salmista canta com muita confiança: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará” (Sl. 23). E nós confiamos também que nada nos faltará porque Ele é fiel às suas promessas.
VI. Templo de Deus. “naoj” (naos) era o lugar santíssimo, no Templo, onde Deus habitava e as pessoas podiam encontrá-lo. É diferente de “ieroj” (ieros) o edifício total. Os santos são o lugar santíssimo para Deus (1 Co. 3.16). Este templo é santo porque é habitado pelo Santo (1 Co.3.17). É o templo do Espírito Santo (1 Co. 6.19). É o Templo do Deus vivo (2 Co. 6.16). Nós somos edificados sobre o fundamento de Cristo e dos apóstolos para morada de Deus (Ef. 2.22). Por isso deseja que conservemos a santidade.
VII. Varas na cepa. Esta é uma bela figura da união com Cristo e do cuidado que o Pai despende com todos; “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim que não dá fruto a tira; e limpa toda aquela que dá fruto para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado (Jo. 15.1–3).