Evangélico ou Cristão

EIS A QUESTÃO

Há uma grande difer­ença entre ser cristão e ser evangéli­co. O títu­lo ‘evangéli­co’ deixou de faz­er sen­ti­do porque já nada tem a ver com as Boas Novas de Jesus e dos após­to­los. Os mod­er­nos gru­pos reli­giosos, rotu­la­dos de ‘evangéli­cos’, na sua avidez desen­f­rea­da por cresci­men­to, deixaram de pre­ocu­par-se com a pureza do evan­gel­ho, e pas­saram a usar toda a espé­cie de ardis e promes­sas para cati­var os incau­tos. Estão mais con­cen­tra­dos no espec­tácu­lo sem espir­i­tu­al­i­dade, que no amor a Deus e ao próx­i­mo. Muitas de suas inter­pre­tações apare­cem fora do con­tex­to, adul­teran­do assim o ver­dadeiro sen­ti­do da Palavra de Deus. Alguns deixaram de mere­cer o títu­lo de cristãos porque desprezam o amor, a humil­dade, afi­nal, o exem­p­lo de Jesus. 

Quan­to a mim, dese­jo con­tin­uar a ser cristão com per­fil mar­ca­do pela Palavra de Deus. Estou deci­di­do a exam­i­nar tudo quan­to ouvir ou ler para saber se está con­forme as Sagradas Escrit­uras. O cul­to, mes­mo sem ser igual, é semel­hante ao dos cristãos prim­i­tivos? O amor a Deus e ao próx­i­mo é pare­ci­do ao dos primeiros tem­pos do cris­tian­is­mo? A comunhão, ou aju­da mútua, é da mes­ma natureza à dos tem­pos apos­tóli­cos? Quero ter ess­es cristãos como exem­p­lo, e não me estrib­ar em mod­er­nices isen­tas de cris­tian­is­mo práti­co. Quero per­manecer fiel à Palavra de Deus, sem forçar nem torcer o seu real sen­ti­do para obter div­i­den­dos pes­soais. Não embar­co em promes­sas de pros­peri­dade, senão aque­la pre­vista na Palavra de Deus em rec­om­pen­sa da fé, como está escrito: “Seja a vos­sa vida isen­ta de ganân­cia, con­tentan­do-vos com o que ten­des; porque ele mes­mo disse: Não te deixarei, nem te desam­para­rei.” (Hb 13:5).

Pre­firo ser cristão à maneira bíbli­ca, históri­ca e práti­ca. Dese­jo per­tencer ao grupo dos que foram com­pra­dos pelo sangue do Cordeiro de Deus e vivem de acor­do com a Palavra de Deus. Pre­firo servir a Deus, fazen­do o que Jesus faria, e não faz­er a von­tade de algum ilu­mi­na­do, tor­nan­do-me escra­vo das suas ideias e seus ideais. Quero ser eu próprio, sem deixar de pen­sar e decidir por mim mes­mo à luz das Escrit­uras Sagradas. Quero con­tin­uar a poder con­fes­sar que: “Já estou cru­ci­fi­ca­do com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que ago­ra vivo na carne, vivo‑a na fé no fil­ho de Deus, o qual me amou, e se entre­gou a si mes­mo por mim.” (Gl 2:20).

Afi­nal, quero con­tin­uar e irra­di­ar o aro­ma de Cristo para que todos O con­heçam como Sal­vador e Sen­hor. E este é o Seu aro­ma: “Nis­to con­hece­mos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós deve­mos dar a vida pelos irmãos.” (1 Jo 3:16). Quero viv­er e servir sob o lema do amor, e não através do medo e do ter­ror, procla­ma­do por alguns, que mais parece ter­ror­is­mo evangéli­co. Quero ser ape­nas um cristão no meio de tan­tos out­ros, que procu­ra servir a Deus com os dons rece­bidos, fazen­do o que Jesus faria no meu lugar. Um cristão envi­a­do pelo Sen­hor pode mes­mo ser incom­preen­di­do e rejeita­do, como os pro­fe­tas no pas­sa­do, mas jamais o será por Aque­le que o com­prou por ele­va­do preço. Ele prom­e­teu que não rejeitaria ninguém: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nen­hu­ma o lançarei fora.” (Jo 6:37).

Além dis­so, Jesus disse: “Quem vos ouve, a mim me ouve; e quem vos rejei­ta, a mim me rejei­ta; e quem me rejei­ta, rejei­ta aque­le que me envi­ou.” (Lc 10:16). E con­tin­uan­do: “Quem me rejei­ta e não recebe as min­has palavras, já tem quem o julgue; a palavra que ten­ho pre­ga­do, essa o jul­gará no últi­mo dia.” (Jo 12:48). Con­cluin­do, quero con­tin­uar a seguir e servir o meu Sen­hor e Mestre Jesus, porque é isso que me dá o dire­ito a usar o títu­lo de ‘cristão’. Ser cristão é uma hon­ra, mas somente recebe galardão enquan­to o serviço e a glória for para Deus. Amém.

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