Ocultismo Astrologia

carta_astralQuando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos.” (Deuteronómio 18:9–11)

Questão

Por que motivo Deus proíbe o ocultismo, visto que ele existiu entre os povos desde a antiguidade remota?

Contexto bíblico

O ocultismo é um sistema de práticas ocultas somente conhecidas por alguns estudiosos dessa ciência diabólica milenar. Depois que o pecado entrou no mundo, as pessoas ficaram separadas de Deus. Por este motivo procuravam compreender as circunstâncias que as rodeavam estudando a posição dos astros, o voo das aves, o estado das entranhas dalguns animais, e outras práticas. Além de não ser uma ciência digna de confiança é, também, uma ofensa a Deus procurar tais ajudas ignorando‑o a Ele. Observemos o que a Bíblia a dizer-nos sobre essas práticas perniciosas.

Digamos, primeiramente, que o ocultismo consta de práticas abomináveis que ofendem Deus. Visto que, por causa do pecado, as criaturas perderam Deus e a sua orientação, arranjaram substitutos e começaram a procurar direcção noutras coisas indignas de crédito. Encontramos essas práticas ocultas na Babilónia desde muito cedo na História da Humanidade. Essas práticas detestáveis espelharam-se gradualmente pelos continentes e, presentemente, toda a terra está cheia desta vil a falsa ciência que desagrada e ofende o Criador que disse: “E sereis santos para mim; porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos para serdes meus.” (Lv 20:26). E porque Deus quer um povo santo, Ele proibiu à sua gente o uso dos costumes odiosos que houvesse à sua volta sob pena de morte: “O homem ou a mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados e o seu sangue será sobre eles.” (Lv 20:27)).

Observemos o que é dito sobre a Babilónia devido às suas práticas ocultas: “Desce e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilónia; assenta-te no chão sem trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada a mimosa nem a delicada.” (Is 47:1). “Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, apesar da multidão das tuas feitiçarias e da grande abundância dos teus encantamentos” (Is 47:9). “Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora e salvem-te os astrólogos, que contemplam os astros, e os que nas luas novas prognosticam o que há de vir sobre ti” (Is 47:13).

Acerca destas práticas consideremos a experiência de Nabucodonosor com os seus conselheiros: “Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei. E o rei disse-lhes: Tive um sonho, e para saber o sonho está perturbado o meu espírito.” (Dn 2:2,3). Ao que os conselheiros responderam: “dize o sonho a teus servos e daremos a interpretação”. Todavia, isso era impossível para eles, e o rei, desiludido e furioso, mandou matar esses sábios em Babilónia (cf. Dn 2:12).

Entretanto, havia no seu reino um homem capaz de revelar o significado do sonho chamado Daniel. Este, que também servia o rei, impediu a matança e ofereceu-se para revelar o segredo ao rei. Após algum tempo de oração com seus companheiros, Daniel recebeu de Deus a revelação e foi propô-la ao rei. Quando recebeu a revelação do seu sonho, “o rei respondeu a Daniel e disse: Verdadeiramente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este mistério. Então o rei engrandeceu Daniel, e deu-lhe muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador sobre toda a província de Babilónia, como também o fez chefe principal de todos os sábios de Babilónia.” (Dn 2:47,48). Enquanto o rei confiava nos seus sábios astrólogos, Daniel confiava plenamente no seu Deus, que sabe todos os segredos e pode revelá-los a quem Ele quer.

O ocultismo contém práticas ofensivas a Deus e, por este motivo, ordenou que não fossem permitidas entre o seu povo, como está escrito: “Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.” (Lv 19:31). Manassés, que era um rei hebreu, é acusado de proceder levianamente e provocar a ira de Deus com essas práticas odiosas: “Além disso queimou seus filhos como sacrifício no vale do filho de Hinom; e usou de augúrios e de encantamentos, e dava-se a artes mágicas, e instituiu adivinhos e feiticeiros; sim, fez muito mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira.” (2 Cr 33:6).

A astrologia é dominada pela crença nos velhos deuses da antiguidade, como Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão, representados pelos planetas descobertos que receberam os seus nomes. Presentemente, os deuses do passado remoto cederam lugar aos planetas do presente, e alguns astutos fazem negócio vendendo os seus oráculos de nenhum valor. Ora, quem colocou os astros no firmamento? Não foi o Soberano Criador? Se Ele pôde fazer isso, poderá igualmente responder às interrogações humanas como fez com Daniel.

O ocultismo certamente será punido por Deus, de acordo com as Escrituras. “Quanto àquele que se voltar para os que consultam os mortos e para os feiticeiros, prostituindo-se após eles, porei o meu rosto contra aquele homem e o extirparei do meio do seu povo.” (Lv 20:6). Paulo adverte os cristãos que há um certo número de práticas que impedem fazer parte do reino de Deus. “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, facções, dissensões, partidos, invejas, bebedices, orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.” (Gl 5:19–21).

Tudo isto é considerado fruto da natureza carnal, pecaminosa, em nada compatível com o fruto da natureza espiritual, santificada. E se alguém não revela o espírito de Cristo, o tal não lhe pertence. Em consequência Jesus revelou a João que os tais serão lançados no lago de fogo: “Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.” (Ap 21:8).

Os cristãos devem sempre consultar a Palavra de Deus, não os astrólogos ou outras magias: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?” (Is 8:19). Eis o que Lucas escreveu acerca dos praticantes do ocultismo convertidos ao cristianismo: “Muitos também dos que tinham praticado artes mágicas ajuntaram os seus livros e queimaram-nos na presença de todos; e calculando o valor deles, acharam que montava a cinquenta mil moedas de prata.” (At 19:19).

Seria óptimo que todos seguissem este sábio conselho do salmista visto incluir uma valiosa promessa àqueles que seguirem esta regra: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.” (Sl 1:1–3). Os cristãos encontram nas Sagradas Escrituras uma luz para o seu caminho.

Conclusão

Em virtude do exposto, concluímos que o cultismo é diabólico, não é digno de confiança, e arrasta para a condenação aqueles que nele confiam. Seja sábio e confie sobretudo em Deus e na Sua Palavra. Não consulte astrólogo, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem consulte os mortos. Cultive o hábito salutar de consultar as Escrituras Sagradas, o próprio Deus, em oração, ou os piedosos servos de Deus, que a/o aconselharão à luz da Palavra de Deus.

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