“Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos;” (vv. 2,3)
Reflexão
Os Serafins representam aqui seres celestiais como ministros de Deus. Estão na Sua presença, ao redor do trono, clamando incessantes louvores ao Senhor Todo-Poderoso. Estes seres angélicos têm uma importante mensagem para nós, assim como teve para Isaías. Quando ele contemplou esta visão ficou espantado e exclamou que estava perdido. A presença de Deus é terrível, quem a poderá suportar?! Por isso ele acha-se um homem impuro no meio dum povo igualmente impuro. O mesmo acontece connosco quando procuramos a presença do Senhor. Reconhecemo-nos indignos, incapazes de nos aproximarmos da santidade suprema.
Duas asas cobriam a sua face em sinal de reverência, um dos mais nobres traços de carácter, quer seja angélico ou humano. A presença do Senhor inspira-nos a gestos de respeito que não podemos deixar de manifestar. Um belo exemplo está na atitude do filho de Jónatas perante o rei David: “Então Mefibosete lhe fez reverência e disse: Que é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?” (2 Sm 9:8).
Duas asas cobriam os seus pés em sinal de humildade e auto-apagamento. O serviço do Senhor exige gente humilde que se autodeprecia perante a majestade divina. Ainda que sejamos atraentes e úteis, não temos atingido o melhor. Os serafins esqueceram-se no seu ardente amor a Deus. Quando nos esqueceremos de nós mesmos no Seu constrangedor amor, de modo a não viver para nós, mas para aquele que morreu e ressuscitou por nós?!
Com duas asas voavam em sinal de obediência servil. Deus espera que estejamos prontos e sejamos céleres na adopção do Seu serviço, dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim.” Amém.