Written on Junho 27th, 2008 by Constantino Ferreira
A Queda no Pecado
Deus, o Criador, entregou às suas primeiras criaturas, Adão e Eva, a seguinte ordenança:
“De toda a árvore que está no jardim comerás livremente; mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia que dela comeres certamente morrerás.” (Gén. 2.16,17)
O capítulo três de Génesis fornece-nos o relato sintético da história da queda e da promessa da redenção. O resultado da queda no pecado foi a perda da imagem divina pela falta de comunhão com Deus. Por isso, logo o Senhor revelou a solução adequada para o problema do pecado.
A tentação
Satanás não age sozinho, ele trabalha por meio de agentes especiais. Para cada situação ele tem seres especializados em quem delegar. Enquanto no princípio usou uma serpente para desencaminhar o primeiro casal, presentemente não necessita mais dela porque tem à sua disposição os seus anjos caídos, e pessoas descuidadas, a quem inspirar o seu maléfico serviço a fim de arruinar os planos de Deus.
Pedro, julgando estar a ter uma importante ideia, procurou afastar Jesus do sofrimento na cruz; mas, o Senhor, atento a cada instante, rejeitou enfaticamente a proposta, e repreendeu Satanás pela sua astúcia. (cf. Mat. 16.22,23) Judas Iscariotes foi alvo de inspiração satânica para não confiar mais na missão de Jesus, e para entregá-lo aos sacerdotes judeus a fim de ser condenado; (Luc. 22.3). Ananias buscava as mesmas honras que seus irmãos, mas com menor sacrifício. Ele não estava disposto a contribuir fielmente para a obra social da igreja de Deus, e recebeu uma reprimenda pública que lhe causou a morte, e à sua mulher, também envolvida na mentira de Satanás. Ouviu isto de Pedro: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?… Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus;” (Actos 5.3,4). A mentira é própria desse enganador diabólico. Elimas, inspirado por Satanás, procurava afastar o procônsul Sérgio Paulo da fé em Jesus; mas o apóstolo
Paulo enfrentou‑o da seguinte maneira: “Ó filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os rectos caminhos do Senhor? (Act. 13.8–10).
A estratégia de Satanás é sempre a mesma. Ele usa métodos idênticos aos que usou com Eva para contrariar o plano divino e impedir os cristãos de realizarem a sua nobre missão pelo reino dos céus.
No primeiro estágio semeia a dúvida em relação à Palavra de Deus com uma interrogação; “É assim que Deus diz?” (Gén. 3.1 b). Naturalmente, como pessoas raciocinamos e chegamos à conclusão lógica que Deus terá dito assim e logo queremos fazer dessa maneira.
No segundo estágio ele altera o significado da Palavra de Deus, tentando convencer-nos com outra aplicação da mesma, de modo muito estranho às melhores regras de hermenêutica. “Certamente não é assim;” (Gén. 3.4). Quem não estiver atento decerto cairá na armadilha e ficará disposto a seguir as directrizes diabólicas. Portanto, haja muito cuidado com a sua astúcia e mentira.
No terceiro estágio faz promessas ambiciosas, de forma a enganar facilmente a sua presa; “Pelo contrário, sereis como Deus;” (Gén. 3.5). A ambição da grandeza está latente no homem, a qual foi implantada no início por Satanás, e o levou à queda por desobediência a Deus. É preciso muita atenção e vigilância para não cair na desobediência. Satanás usa uma isca, um engodo compatível com a natureza humana (Tiago 1.13–15). Ele sabe o que está dentro de cada um de nós, como natureza pecaminosa, e usa mesmo isso para conseguir os seus intentos destruidores. O sistema é idêntico em todos os tempos; (cf. 1 João 2.16).
Both comments and pings are currently closed.