A religião pura. “Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tiago 1.27)
O termo religião define qualquer prática cultual com a intenção de religar os homens à divindade. Porém, Deus já não considera os rituais nem os sacrifícios como uma religião do seu agrado. Ele abomina tais práticas afastadas da misericórdia, da obra social, e da moral.
As formas externas de culto, independentes do aspeto moral e social, são ineficazes perante Deus, e sem proveito para a própria pessoa. Todas essas práticas são um engano. Em vista disso, o Senhor chegou a dizer ao povo israelita: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Quando multiplicais as vossas orações não as ouço porque as vossas mãos estão manchadas de sangue.” Is. 1.11,15.
Claro, quando o egoísmo impera, já não é Deus quem governa. Se a sua filosofia for, “salve-se quem puder,” como poderá este religioso agradar a Deus e conviver com Ele? Por este motivo, o Senhor clama ao povo e diz: “Aprendei a fazer o bem, praticai o que é reto, ajudai o oprimido, fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas. Vinde, então, e argui-me.” Is. 1.17.
Jesus veio libertar o mundo das tradições vãs e ensinar a verdadeira religião que nos liga ao Pai. Ele afirmou ser o único caminho para Deus, e, além disso, o único mediador entre Deus e os homens. Ele deu grande ênfase ao amor como sinal da perfeição humana. É compreensível que assim seja, porque Deus é amor. Quem ama conhece Deus, quem não ama não conhece Deus. Porém, como provará alguém o seu amor se não suprir as necessidades dos aflitos?
Carinhosamente, João escreve assim: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” 1 Jo. 3.18. Quando Deus reina num coração humilde serão observadas as ações correspondentes ao Seu amor. Isto é o reino dos céus sobre a terra.
No início do seu ministério, o Senhor usou dois imperativos: “Arrependei-vos e crede no evangelho.” Marc. 1.15. Isto é básico na vida duma pessoa para experimentar uma mudança digna do reino. As pessoas que não mudam de atitude em relação ao pecado permanecem inalteráveis, e sem direito ao reino do Senhor. Mas, quando aceitam entrar no reino são aconselhadas com outro imperativo: “Amai a vossos inimigos.” Mt. 5.44.
O apóstolo Paulo esclarece que a lei se cumpre numa palavra: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” Gal. 5.14. Deve existir primeiro amor a Deus, depois não faltar amor próprio, para amar igualmente os outros. O amor (agape) é triangular, como a trindade, para ser perfeito.