Cristianismo é Vida

church peopleDizem que a vida é bela, mas bela é a vida cristã. Não existe mel­hor quan­do é vivi­da à semel­hança do Sen­hor Jesus. Como Mestre, Ele deixou-nos o mel­hor exem­p­lo a fim de ser segui­do ded­i­cada­mente, e até disse: “Porque eu vos dei o exem­p­lo para que eu vos fiz façais vós tam­bém” (Jo 13.15). A vida cristã começa no rela­ciona­men­to com Deus, o qual é depois com­pro­va­do pelo rela­ciona­men­to com o próximo.

Rela­ciona­men­tos

O bom rela­ciona­men­to começa no amor recípro­co. Quan­do duas pes­soas se amam mutu­a­mente, aí há ópti­mo rela­ciona­men­to, a pon­to de estarem pron­tos a aju­dar um ao out­ro con­forme as neces­si­dades. Acer­ca dis­to o Sen­hor declar­ou que “ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus ami­gos.” (Jo 15:13). Este foi o Seu exem­p­lo de amor. Depois de ter servi­do em sua vida, serviu na sua morte. E João assev­era que se Ele assim nos amou, tam­bém deve­mos amar uns aos out­ros. (cf. 1 Jo 4.11).

O supre­mo exem­p­lo encon­tra-se nas palavras seguintes cor­rob­o­radas pela práti­ca con­stante do Sen­hor per­ante os dis­cípu­los: “Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vos­sos inimi­gos, fazei bem aos que vos odeiam” (Lc 6:27). Isto, que Ele sem­pre fez, ficou grava­do pelas suas fiéis teste­munhas que o acom­pan­havam diari­a­mente. E, a este respeito, João ates­ta o seguinte: “o que vimos e ouvi­mos, isso vos anun­ci­amos para que vós tam­bém ten­hais comunhão connosco; e a nos­sa comunhão é com o Pai e com seu Fil­ho Jesus Cristo.” (1 Jo 1:3).

O his­to­ri­ador Lucas infor­ma-nos da práti­ca cor­rente entre os cristãos prim­i­tivos ao diz­er que “per­se­ver­avam na dout­ri­na dos após­to­los e na comunhão, no par­tir do pão e nas orações.” (At 2:42). E o após­to­lo Paulo entre­gou-nos este man­da­men­to da parte do Sen­hor: “Amai-vos cor­dial­mente uns aos out­ros com amor fra­ter­nal, preferindo-vos em hon­ra uns aos out­ros” (Rm 12:10). É este pro­ced­i­men­to que pro­duz bons relacionamentos.

Dis­cip­u­la­do

Dis­cip­u­lar envolve a práti­ca de ensi­nar e apren­der. Existe sem­pre alguém que ensi­na e alguém que aprende. O próprio vocábu­lo grego ‘maqh­teo’ (math­eteo) tem este dup­lo sig­nifi­ca­do. Eis um exem­p­lo na práti­ca de Jesus instru­ir os dis­cípu­los, e pre­gar para faz­er mais dis­cípu­los: “Ten­do acaba­do Jesus de dar instruções aos seus doze dis­cípu­los, par­tiu dali a ensi­nar e a pre­gar nas cidades da região.” (Mt 11:1). Out­ra área do dis­cip­u­la­do é o dis­cípu­los seguir o seu mestre: “Então disse Jesus aos seus dis­cípu­los: Se alguém quer vir após mim negue-se a si mes­mo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24).

Os primeiros dis­cípu­los foram prepara­dos e orde­na­dos para faz­erem dis­cípu­los em todas as nações, e tam­bém a ensiná-los segun­do o mod­e­lo de vida cristã: “Por­tan­to ide, fazei dis­cípu­los de todas as nações, bap­ti­zan­do-os em nome do Pai, e do Fil­ho, e do Espíri­to San­to, ensi­nan­do-os a obser­var todas as coisas que eu vos ten­ho man­da­do” (Mt 28:19). E deixou-nos uma advertên­cia de supre­ma importân­cia, a que deve­mos dar crédi­to: “Ide, pois, e apren­dei o que sig­nifi­ca: Mis­er­icór­dia quero, e não sac­ri­fí­cios. Porque eu não vim chamar jus­tos, mas pecadores.” (Mt 9:13).

Evan­ge­lis­mo

A própria palavra sig­nifi­ca levar boas notí­cias, como foi relata­do por Lucas: “O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquan­to vos tra­go novas de grande ale­gria que o será para todo o povo.” (Lc 2:10). Emb­o­ra não pareça, mas onde está ‘vos tra­go’ con­s­ta o ver­bo grego ‘euagge­li­zomai’ (euangueli­zomai) que sig­nifi­ca ‘vos evan­ge­li­zo’ ou, anun­cio a boa notí­cia: “É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Sal­vador, que é Cristo, o Sen­hor.” (Lc 2:11).

Este foi igual­mente o min­istério con­stante do Sen­hor, pois: “per­cor­ria Jesus toda a Galileia, ensi­nan­do nas sin­a­gogas, pre­gan­do o evan­gel­ho do reino, e curan­do todas as doenças e enfer­mi­dades entre o povo.” (Mt 4:23). E foi tam­bém a sua supre­ma orde­nança com vista ao alarga­men­to do seu reino: “E este evan­gel­ho do reino será pre­ga­do no mun­do inteiro, em teste­munho a todas as nações, e então virá o fim.” (Mt 24:14).

Ado­ração

Nós fomos cri­a­dos com o propósi­to de ser­mos ado­radores e servi­dores do Cri­ador. Quan­do estas duas acções são des­cuidadas não esta­mos em bom rela­ciona­men­to com Deus. Quan­do Jesus esta­va no deser­to e foi ten­ta­do respon­deu peremp­to­ri­a­mente: “Está escrito: Ao Sen­hor teu Deus ado­rarás e só a ele servirás.” (Lc 4:8).

Noutra ocasião, encon­trou-se com uma samar­i­tana, e à sua curiosa inda­gação respon­deu: “a hora vem, e ago­ra é, em que os ver­dadeiros ado­radores ado­rarão o Pai em espíri­to e em ver­dade; porque o Pai procu­ra a tais que assim o adorem.” (Jo 4:23). E quan­do João se prostrou per­ante um anjo para adorá-lo ouviu da sua boca: “Olha, não faças tal; porque eu sou conser­vo teu e de teus irmãos, os pro­fe­tas, e dos que guardam as palavras deste livro. Ado­ra a Deus.” (Ap 22:9).

Serviço

A ado­ração pre­coniza prestação de serviço desin­ter­es­sa­do, feito pelo méri­to da pes­soa servi­da. Jesus viveu deste modo para dar-nos o exem­p­lo, como está escrito: “Pois tam­bém o Fil­ho do homem não veio para ser servi­do, mas para servir e para dar a sua vida em res­gate de muitos.” (Mc 10:45).

A nos­so respeito Ele declar­ou que: “Se alguém me quis­er servir, siga-me; e onde eu estiv­er ali estará tam­bém o meu ser­vo; se alguém me servir, o Pai o hon­rará.” (Jo 12:26). O Sen­hor adver­tiu  a respeito do con­ceito erra­do de serviço presta­do a Deus: “Expul­sar-vos-ão das sin­a­gogas; ain­da mais, vem a hora em que qual­quer que vos matar jul­gará prestar um serviço a Deus.” (Jo 16:2).

Mas ensi­nou que o ver­dadeiro serviço a Deus é cuidar dos neces­si­ta­dos como se fos­se Ele mes­mo o neces­si­ta­do: “E respon­der-lhes‑á o Rei: Em ver­dade vos digo que, sem­pre que o fizestes a um destes meus irmãos, mes­mo dos mais pequeni­nos, a mim o fizestes.” (Mt 25:40). E Paulo acon­sel­ha-nos a faz­er tudo para glória de Deus. Tran­scre­vo a ver­são de ‘O Livro’ de 2 Co 9.12 por ser esclare­ce­dor: “São assim dois os bons resul­ta­dos da vos­sa gen­erosi­dade: con­tribuir para sat­is­fação das neces­si­dades dos crentes em Jerusalém e sus­ci­tar lou­vores a Deus.

Con­clusão

O arrependi­men­to leva-nos, primeiro, ao bom rela­ciona­men­to com Deus, depois com os out­ros. A seguir vem o dis­cip­u­la­do, no qual apren­demos a ser dis­cípu­los à medi­da do Sen­hor e a cumprir a nos­sa mis­são de evan­ge­lizar, seguin­do-se a ado­ração a Deus e serviço ao próx­i­mo como se ao Sen­hor fosse.

Both comments and pings are currently closed.

Comments are closed.

Translate »