Proponho-me responder ao tema, usando, sobretudo, textos das Sagradas Escrituras sobre o assunto em epígrafe.
Mat. 19:3–6 “Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando‑o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez; e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
Aqui, porém, cabe a pergunta: quantos casamentos terão sido realizados ou assistidos por Deus?
Mat. 19:7–8 “Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.” Esta lei provém de
Deu. 24:1 “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe‑á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.” Hoje deve juntar-se: “ou uma mulher tomar um homem e casar com ele”.
A coisa mais indecente, segundo este texto, é a infidelidade, ou adultério do parceiro. Mas, atualmente, assiste-se muito a maus tratos conjugais, outra coisa muito feia. E que culpa tem o maltratado? A bem da verdade, a culpa nunca é somente de um. Seria ótimo que houvesse conversa e entendimento sobre as causas.
Mat. 19:9 “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, (ou violência doméstica), e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
Mar. 10:11–12: “E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido e casar com outro, adultera.”
Luc. 16:18: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.”
Visto que só é referido aqui o repudiador, como não podendo celebrar novo casamento, parece que o repudiado está livre desta regra; todavia, se alguém casar com o repudiado, também comete adultério com o repudiado. Assim, nenhum deverá ter novo casamento.
1Cor. 7:10–11: “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.”
1Cor. 7:39: “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.”
Qualquer cônjuge só poderá celebrar novo casamento logo que seu cônjuge tenha morrido.
Rom. 7:2–3: “Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, está livre da lei, e assim não será adúltera se for doutro marido.”
Mas, ainda cabe aqui outra questão: então, o cônjuge traído ou violentado será obrigado a viver e a suportar indefinidamente a traição e a violência infligidos pelo outro? Pode repudiar, mas não pode casar até que o outro tenha morrido.
Assim, Rom. 7:2,3 e 1 Cor. 7:39 atestam a proibição absoluta de novo casamento, devido à sua própria natureza, pois é uma ligação para toda vida, cuja promessa foi feita nesse dia. Convém procurar a reconciliação com a promessa de melhoria no procedimento matrimonial.
Visto que o casamento foi instituído por Deus, é uma ordenação soberana de Deus, como Criador e Governador dos seres humanos. Por conseguinte, convém que o casal se sente para conversar sobre os assuntos do lar, tendo Deus como consultor. Primeiro devem, juntos, orar pelo assunto em causa; então, é apresentado e debatido o assunto até chegarem a acordo, e essa será a vontade de Deus. Assim, poderão manter o matrimónio conforme a promessa feita perante Deus.
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