O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
O A.T. menciona a acção do Espírito santo sobre três evidências muito especiais, que são a criação, a organização, e a regeneração, embora a Trindade esteja activa em todas as acções. Mas, enquanto o Pai é o autor, e o Filho é o executor, o Espírito é o dinamizador de todas as acções. Todas as forças da natureza são evidências da operação do Espírito santo.
O A.T. menciona a acção do Espírito Santo sobre três evidências muito especiais, que são a criação, a organização, e a regeneração, embora a Trindade esteja unida em todas as acções. Mas, enquanto o Pai é o autor, e o Filho é o executor, o Espírito Santo é o dinamizador de todas as acções. Todas as forças da natureza são evidências da operação do Espírito Santo.
Como Espírito Criativo participou na criação cósmica, do Universo, e manifesta a glória de Deus (Gn. 1.2; Jó 26.13). Participou na criação animal (Gn. 1.20, 24). Participou na criação humana (Gn. 1.26; 2.7; Jó 33.4). A expressão de Deus: “Façamos” é dirigida ao Filho e ao Espírito (Jo. 1.1–3).
Como Espírito Dinâmico pode ser observado na Sua actuação inspirando homens santos interessados no reino de Deus. O Senhor criou o homem a fim de formar uma sociedade com quem pudesse manter afinidade e comunhão constante para formar o seu reino. Porém, como resultado do pecado esta sociedade organizou-se à margem de Deus, desprezando os planos para a sua felicidade eterna. O Senhor não desistiu do plano e chamou Abrãao para formar “o reino de Jeová” (2 Cr. 13.8). Podemos observar a operação dinâmica do Espírito Santo inspirando homens para a organização do reino, entre os quais estão:
1. Salvadores, como José (Gn. 41.38–40).
2. Libertadores, como Moisés (Êx. 3.10–12).
3. Legisladores, como Moisés (Êx. 24.4, 7).
4. Artistas, como Bezaleel (Êx. 35.30, 31).
5. Líderes, como Josué (Nm. 27.18–20).
6. Guerreiros, como Otoniel e Gideão (Jz. 3.9, 10 6.34).
7. Reis, como Saúl e David (1 Sm. 10.6; 16.13).
8. Profetas, como Samuel, Elias e outros, falaram inspirados pelo Espírito Santo (2 Pd. 1.21).
Como Espírito Regenerador pode ser contemplado na Sua intervenção no meio do povo de Deus. Deus pôs no meio do povo o Seu Espírito Santo, “mas eles foram rebeldes e contristaram o Espírito Santo” e o Espírito se afastou (Is. 63.10,11). Neemias confessou que, no deserto, receberam o bom Espírito de Deus, maná e água (Ne. 9.20). David não queria perder, por causa do seu pecado, o Espírito Santo que Deus lhe dera e clamou: “Não me lances fora da Tua presença e não retires de mim o Teu Espírito Santo” (Sl. 51.11). Os pagãos disseram, conforme a sua teologia pagã, que Daniel tinha o espírito dos deuses santos (Dn. 5.11,14).
Com referência ao futuro de Israel, Deus prometeu pôr dentro deles o Seu Espírito para andarem nos Seus estatutos e viverem na terra que dera aos seus pais (Ez. 36.26–28). Também receberam a promessa de que os seus ossos secos serão regenerados pelo Espírito de Deus (Ez. 37.11,14). Não só eles, mas todos os crentes receberão a plenitude do Espírito de Deus nos últimos dias (Jl 2.28). Há uma profecia de Isaías referente à vinda do Messias com o Espírito Santo, a Boa Nova libertadora e o tempo aceitável do nosso Deus (Is. 61.1). A Igreja de Cristo tem experimentado frequentes avivamentos espirituais, ao longo da História, de forma a despertar os cristãos para o cumprimento da sua missão no mundo.
SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Deus achou que deveria usar símbolos para melhor compreensão de verdades espirituais que de outra forma seriam difíceis de entender. Assim, eis alguns símbolos que são usados nas Escrituras para descrever as operações do Espírito Santo.
Vento. Este vocábulo envolve tanto o vento como o fôlego. Ora vejamos Gén. 2.7: Deus assoprou nas narinas do homem recém formado o “fôlego” da vida; no grego “pnohn” (pnoên). Jesus, usando a mesma expressão, também assoprou sobre os discípulos e disse-lhes: “Recebei o Espírito santo” (Jo. 20.22). Espírito é, no grego “pnhuma” (pneuma); os dois substantivos são correlatos, provêm da mesma raiz. Ainda, Ezequiel relata que o sopro do Espírito deu vida aos ossos secos, referindo-se à restauração de Israel como povo de Deus (Ez. 37.7–10). E Jesus assemelhou o assoprar do vento ao Espírito, que assopra onde quer (Jo. 3.6–8). No Pentecostes Deus usou o som do vento forte para anunciar a chegada do Espírito da promessa (Act. 2.2).
Água. O Espírito é um elemento indispensável à vida espiritual, assim como a água é um elemento indispensável à vida física; Moisés teve de ferir a rocha para que o povo tivesse água para beber (Êx. 17.6). E Paulo identifica esta rocha com Cristo que os seguia (1 Co. 10.4). Jesus disse à mulher samaritana que Ele tem água viva para quem quiser beber (Jo. 4.14). Ele fornece uma água especial que dá vida eterna aos bebedores; é o Espírito Santo (Jo. 7.37–39).
Fogo. O fogo é usado como símbolo da purificação, porque ele tudo purifica; até a nossa fé tem de passar como que pelo fogo para ser preciosa (1 Pd.1.7). Isaías fala duma brasa viva tirada do altar para purificar os seus lábios impuros (Is. 6.6,7). Moisés conta que o Senhor desceu em fogo no Sinai (Êx. 19.18); e Hebreus 12.29 diz que Deus é um fogo consumidor, ou purificador.
Pomba. Os evangelistas contam-nos que o Espírito desceu sobre Jesus em forma de pomba (Mt. 3.16; Mc.1.10; Lc. 3.22; Jo. 1.32). A pomba fala de simplicidade e pureza, assim como o Senhor sempre revelou ser com a presença do Espírito Santo. Ele pediu-nos para sermos astutos como as serpentes e simples como as pombas, o que se consegue por acção do Espírito Santo (Mt. 10.16).
Selo. O selo garante a validade dum documento, autorizado. Jesus foi selado pelo Pai, para o cumprimento da Sua importante missão (Jo. 6.27). Deus também sela os crentes para o dia da redenção (2 Co. 1.22). Os que crêem em Cristo são selados com o Espírito Santo da promessa para o tempo que há de vir (Ef. 1.13; 4.30).
Penhor. O penhor é algo valioso que é entregue como garantia duma promessa; assim procedeu Jacó para com sua nora Tamar (Gn. 38.17,18). De igual modo, Deus deu-nos o Espírito Santo como penhor da nossa herança. Temos em nós a garantia do cumprimento da Sua promessa (2 Co. 1.22; 5.5; Ef 1.14).
Unção. A unção consistia em derramar azeite perfumado sobre a cabeça em sinal de aprovação e comissionamento para uma missão importante (Lv. 8.12). Jesus foi ungido pelo Pai com o Espírito Santo para evangelizar os pobres (Lc. 4.18; Act.10.38). Os cristãos são ungidos por Deus com o Espírito Santo para evangelizar, tanto pobres como ricos; Note-se como em 2 Co. 1.21,22 se encontram juntos a unção, o selo e o penhor. Esta unção capacita os crentes para entender as coisas espirituais e cumprir o seu ministério (1 Jo. 2.27).