“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?” Tiago 2.14
A verdadeira riqueza é a fé no Senhor Jesus, porque por ela recebemos as promessas de Deus e tornamo-nos herdeiros do reino dos céus. A fé no sacrifício do Cordeiro de Deus concede aos crentes a salvação do pecado a fim de viverem uma vida nova em santificação constante. Esta santificação começa junto à cruz, pela fé, e prolonga-se até ao arrebatamento da igreja fiel para estar com o seu Senhor. Ninguém deve desprezar a sua santificação porque sem ela não verá a Deus. Eis as palavras de Paulo. Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.” 2 Co. 7.1
A fé tem correspondência com a santificação e com as boas obras. Pois, sem fé não há santificação, assim como não existem boas obras sem a santificação. Porém, o fundamento das boas obras é o temor de Deus, e o respeito pela dignidade humana. Tiago assevera que a fé sem as obras é morta. Claro, se não forem observados os efeitos da fé que nos une a Cristo onde estará ela? Ainda a este respeito, diz Tiago. “Tu crês que há um só Deus, fazes bem. Também os demónios o creem, e estremecem.” Tg. 2.19. Se alguém não manifestar as ações correspondentes à fé de Cristo, em santidade, está demonstrando o adormecimento da mesma.
A fé é visível pelas ações realizadas em nome de Cristo. Todavia, a salvação não vem pelas obras, mas as boas obras vêm por causa da salvação mediante a fé. A confiança no sacrifício de Cristo recebe o perdão e a regeneração para, em santificação, e no temor de Deus, serem realizadas as obras que dignificam a fé.
Tiago duvida da salvação daqueles que nada fazem para minorar o sofrimento dos seus semelhantes, estando ao seu alcance poder fazê-lo. A este respeito, Paulo afirma: “Ainda que tivesse toda a fé de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor nada seria.” 1 Co. 13.2. As boas obras devem ser a consequência do fruto do espírito que habita no crente, descrito por Paulo em Gálatas 5:22, que é: “Amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança.”
As boas obras são a prova prática da genuína fé, a qual produz resultados positivos para glória de Deus e para edificação do seu reino. Convém que os crentes se empenhem ativamente no socorro aos necessitados, fazendo isso como ao Senhor, e serão recompensados quando Ele voltar no seu reino. Quando Tiago menciona Abraão como sendo justificado pelas obras, refere-se à prova da sua fé ao oferecer seu filho Isaque em sacrifício que, finalmente, o Senhor não aceitou, dando-lho de volta. Gen. 22. 12.