Written on Abril 19th, 2008 by Constantino Ferreira
Jesus o Profeta
Na época do Antigo Testamento havia três classes de mediadores entre Deus e os homens: o profeta, o sacerdote, e o rei. O profeta apreendia e transmitia a mensagem de Deus ao povo. O sacerdote oficiava no Templo oferecendo sacrifícios em favor do povo. E o rei era o defensor e protector do povo. Os três eram ungidos, cada qual para a sua própria função. Jesus é o Profeta-Sacerdote-Rei que reúne em si mesmo os três ofícios. Paulo confirma isto quando nos diz que “há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm. 2.5).
O Profeta fala da parte de Deus
O profeta do A. T. era o agente de Deus para transmitir a Sua vontade ao povo. Ele deveria ter uma comunhão perfeita com o Senhor a fim de poder apreender a Sua mensagem, descodificá-la com eficácia, e entregá-la com clareza. O testemunho dos profetas é que o Messias seria um profeta maior, portador de luz para o povo que estava em trevas. E Cristo proclamou-se como a luz que veio ao mundo para afastar as trevas da ignorância, assim como providenciou os meios para uma vida nova e vitoriosa. Ele ensinou o caminho perfeito para escapar à fúria de Satanás e ao poder do pecado.
A predição do profeta maior foi feita pelo próprio Deus a Moisés enquanto caminhavam no deserto. “O Senhor teu Deus te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis” (Dt. 18.15,18). Esta profecia foi esclarecida por Pedro e por Estêvão perante os judeus, como tendo sido cumprida em Jesus; (At. 3.22 e 7.37). Todos os profetas do passado dão testemunho dele, e os apóstolos confirmam as suas palavras com o cumprimento integral de Cristo (At. 10.43).
O Profeta é reconhecido pelos Seus contemporâneos. Considerando a multiplicação dos pães o povo exclamou: “Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo. 6.14; 7.40). Após a libertação dum endemoninhado a multidão interrogou-se dizendo: “Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos e eles obedecem! (Mc.1.27). Quando Jesus ressuscitou o jovem de Naím, os presentes exclamaram: “Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc. 7.16). Quando entrou em Jerusalém, a multidão exclamou: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia” (Mt. 21.11). No caminho de Emaús os dois viajantes referiram-se a Jesus Nazareno, que foi varão profeta, poderoso em obras e palavras (Lc. 24.19).
Os profetas eram importantes em tempos de crise. Eles dirigiam-se aos governantes e ao povo dizendo: “Este é o caminho, andai nele”. Jesus apareceu quando a nação judaica estava inquieta quanto à libertação nacional e esperavam o seu messias político, o portador da solução prometida. Ele apresentou-se com uma mensagem que mostrava o caminho da libertação do pecado, e eles tiveram que decidir o tipo de liberdade que deviam escolher. Infelizmente escolheram mal e a destruição aconteceu.
O soberano profeta dizia: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo. 10.10). “Se não crerdes que Eu Sou morrereis em vossos pecados” (Jo. 8.24). “Se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo. 8.36). “Eu falo do que vi junto de meu Pai” (Jo. 8.38). “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt. 24.14). “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt. 24.35). Ele garantiu que tudo o que proferiu terá o seu cumprimento no devido tempo.
Cristo mantém o Seu ministério profético através da Igreja porque Ele deu dons aos homens para o serviço e edificação da mesma” (1 Co. 14.1). Paulo ensinou que “o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação” (v.3).
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