“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mat. 16.18)
O Senhor fundou uma Igreja para continuar a Sua missão mundial, levando a mensagem do reino dos céus a todas as criaturas. Ele ordenou aos discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a todas as criaturas. Quem crer e for baptizado será salvo; mas quem não crer será condenado;” (Mc. 16.15).
Primeiro, é proclamada a boa nova do reino, oferecendo perdão e restauração; então, aqueles que crerem e aceitarem a mensagem, comprovada por testemunho de mudança vivencial, serão baptizados em água, como símbolo da identificação com o Senhor, na sua morte e ressurreição.
Pela fé, experimentamos estas fases do seu sacrifício, ao mergulhar nas águas baptismais. Assim escreveu Paulo: “Ou não sabeis que todos quantos fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo baptismo na morte, para que como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida;” (Rom. 6. 3,4). Deus concede-nos vida nova para o servirmos.
Este é o evangelho do reino, iniciado por Jesus Cristo, seguido pelos apóstolos, e que tem sido continuado pela Igreja, a qual tem por fundamento a doutrina do fundador e dos seus apóstolos, contida nas Sagradas Escrituras. E, não aceita nenhuma outra orientação teológica, seja qual for. A este respeito, Paulo aconselha o seu colaborador Timóteo, e a nós também: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, persevera nestas coisas, porque fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem;” (1 Tim. 4.16). Porque “toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra;” (2 Tim. 3.16).
Esta é a Igreja que Cristo quer edificar como comissão instaladora do seu reino. Para cumprimento da sua missão o Mestre concedeu-lhe dons especiais, que o Espírito Santo distribui por cada um conforme a sua vontade; porque “a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil;” (1 Cor. 12.7).
Deste modo, o Senhor providenciou à Igreja os ministérios adequados ao seu funcionamento; porque “Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;” (Ef. 4,11,12).
A seguir lemos algo em que interessa reflectir, por ser o alvo proposto pelo Senhor para todos, e, por este motivo, fica escrito de forma especial o verso 13. “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.”
“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”
Além daqueles ministérios, providenciou também outros que auxiliassem na administração da igreja local, os diáconos. A uns e a outros Paulo mostra, em 1 Tim. 3.2–13, os padrões convenientes para servir sem escândalo, entre os quais consta o de serem casados com uma mulher. É esta Igreja que nós queremos para compartilhar e servir com os dons concedidos pelo Espírito Santo. Uma igreja unida em Cristo.
A santidade cristã é oposta aos costumes deste mundo. Por isso, é pedido aos crentes “para que não andem mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;” (Ef. 4.17,18).