Continuação
E João tem igualmente algo a ensinar-nos sobre o assunto em causa: “E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas.” (1 Jo 1:59. “Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade;” (1 Jo 1:6). O amor prático é fundamental para a comunhão sincera entre nós e Deus e uns com os outros. Sem um amor sólido é impossível exercitar a comunhão real com quem quer que seja. “Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.” (1 Jo 2:10,11).
O amor é que marca a diferença entre a luz e as trevas, segundo o apóstolo João: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte. Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.” (1 Jo 3:14,15). E continua a instrução: “Se alguém diz: Eu amo Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, não pode amar Deus, a quem não viu. E dele temos este mandamento, que quem ama Deus ame também seu irmão.” (1 Jo 4:20,21). Ou conforme a instrução do Senhor: “Sede misericordiosos como vosso Pai também é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.” (Lc 6:36,37). Evitemos os juízos apressados e errados, que trazem prejuízos para todos indistintamente, de acordo com Paulo: “Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo. (Rm 2:1; cf. Rm 14:3,4,10,13,17).
Quando estava sendo provado na fornalha da aflição, Jó lamenta a atitude de seus amigos e pede-lhes compaixão: “Até quando afligireis a minha alma e me atormentareis com palavras? Já dez vezes me haveis humilhado; não vos envergonhais de me maltratardes?” (Jó 19:2,3). E, nos versículos dezanove e vinte e um, continua: “Todos os meus amigos íntimos me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim. Compadecei-vos de mim, amigos meus; compadecei-vos de mim; pois a mão de Deus me tocou.” E censura-os desta maneira: “Vós, porém, sois forjadores de mentiras, e todos vós médicos que não valem nada.” (Jó 13:4). “Tenho ouvido muitas coisas como essas; todos vós sois consoladores molestos.” Jó 16:2).
Conclusão
Por conseguinte, os olhos são a luz do nosso corpo quando usados para o bem. Se forem usados para o mal tornam-se trevas e nossos corpos não brilham neste mundo em trevas. Um corpo luminoso é aquele que tem a vida de Cristo e vive de acordo com os seus ensinamentos. Um corpo tenebroso é aquele que vivem sem Cristo e, por este motivo, não pode viver de acordo com os seus ensinamentos. Assim como disse Jó: “Na verdade, a luz do ímpio se apagará e não resplandecerá a chama do seu fogo. A luz se escurecerá na sua tenda e a lâmpada que está sobre ele se apagará.” (Jó 18:5,6). Nós fomos chamados para ser a luz do mundo.