O PROFETA DE DEUS
Enquanto Jesus entrava em Jerusalém num jumento estava cumprindo uma profecia. Todavia, alguns dos habitantes cheios de curiosidade perguntavam: “Quem é este? E a multidão que o acompanhava respondeu: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia” (Mt. 21.10,11).
Profeta é alguém que transmite a mensagem que recebeu de Deus. Jesus veio do céu e trouxe consigo a boa nova da salvação. Aquilo que ouviu de seu Pai, isso transmitiu aos mortais, disse Ele: “Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai que me enviou, Ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar” (Jo. 12.49). A sua mensagem era o recado de Deus para os homens.
Cristo denunciava o pecado e convidava as pessoas à conversão a Deus. Certa vez, o Senhor encontrou uma mulher samaritana de vida leviana e fez-lhe sentir o seu pecado; porque já tivera cinco maridos e o que agora tinha não era dela. Perante este facto, ela teve de confessar: “Senhor, vejo que és profeta.” Aquela mulher acreditou nele e foi convidar as pessoas para verem Jesus, dizendo: “Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Muitos foram vê-lo e confirmaram que “este é verdadeiramente o Cristo, o salvador do mundo” (Jo. 4).
A carta aos Hebreus diz que “havendo Deus antigamente falado aos pais, muitas vezes e de muitas maneiras pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb. 1.1). A sua vida, as suas palavras e os seus milagres atestam o seu glorioso ministério profético. Quando ressuscitou o mancebo que estavam levando para a sepultura a multidão exclamou: “Um grande profeta se levantou entre nós e Deus visitou o seu povo”. Ali estava o maior de todos os profetas. Ele veio mesmo da presença de Deus com a pura mensagem de Deus.
Jesus transmitiu-nos a perfeita vontade de Seu Pai para que todos tenhamos o mesmo sentimento e o mesmo propósito. No Antigo Pacto os profetas eram ungidos com óleo especial no momento da consagração. Jesus não faltaria à regra e foi ungido pelo Pai com o Espírito Santo para a nobre missão profética. Lucas conta-nos que Jesus, levantando-se para ler na sinagoga, leu a profecia de Isaías que diz: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar a liberdade aos cativos e a dar a vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc. 4.18,19).
A partir daquele momento, Jesus começou a proclamar o arrependimento dos pecados como condição para entrar no reino de Deus. Foram muitos os que o ouviram e admiraram, porém, só uns poucos decidiram segui-lo. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Todavia, aqueles que o aceitaram tornaram-se filhos de Deus.
Como profeta, Jesus disse-nos que é necessário nascer de novo, nascer de cima, nascer do Espírito de Deus, para ver o reino de Deus. Ele apontou-nos o caminho da bem-aventurança no céu dizendo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo. 14.6).
Além disso, deixou-nos alguns sinais dos últimos tempos a fim de estarmos atentos à aproximação da sua volta. Entre fomes, pestes, terremotos, guerras, guerrilhas, e falsos profetas, há um sinal que se destaca no meio de tudo isto: “O evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt. 24.14). Deve ser esclarecido aqui que não será o fim do mundo, mas o começo duma nova época de paz pela presença do Senhor.
Todos os que estão interessados em novos tempos de paz e segurança devem permitir que Jesus transforme a sua natureza de forma a serem novas criaturas ao serviço do seu reino. “No dia seguinte, João viu Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.