Written on Outubro 10th, 2007 by Constantino Ferreira
Relacionamentos sãos
Josué 22:5
“Tão-somente tende cuidado de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis ao Senhor vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos apegueis a ele e o sirvais com todo o vosso coração e com toda a vossa alma.”
Questão
Qual a norma para mantermos um bom relacionamento com Deus? O que podemos encontrar nas Escrituras que nos indique a maneira correcta de manter calorosa comunhão com Deus?
Contexto bíblico
O bom relacionamento existente entre as pessoas é motivo de paz e felicidade para todos. Então, visto Deus desejar manter óptimo relacionamento com os seus filhos, convém que em nós haja esse interesse primordial de forma a vivermos em paz e felicidade. Consideremos, então, as maneiras básicas para manter um óptimo relacionamento com Deus.
O elementar requisito para haver bom relacionamento com Deus é o amor. Sem o factor amor não há qualquer hipótese de manter algum relacionamento são com quem quer que seja. Além disso, este é o mandamento capital entregue pelo Senhor aos seus filhos. O salmista canta desta maneira: “Amai ao Senhor, vós todos os que sois seus santos; o Senhor guarda os fiéis e retribui abundantemente ao que usa de soberba. (Sl 31:23). “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.” (Dt 6:5). Amarás, pois, ao Senhor teu Deus e guardarás as suas ordenanças, os seus estatutos, os seus preceitos e os seus mandamentos todos os dias.” (Dt 11:1). O amor exige demonstração prática, e esta consta de submissão às ordenanças do soberano Senhor sem reclamar.
Jesus, quando foi interrogado acerca do grande mandamento da lei, respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lc 10:27). Ele estava em condições de falar assim porque cumpria todos os requisitos expostos. O Pai ama o Filho e o Filho ama o Pai igualmente. E acerca dos deus discípulos diz: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.” (Jo 14:21). Então, o amor é motivo da revelação de Deus e de comunhão trinitária, entre o Pai, o Filho, e os irmãos. O próprio Deus Pai deu o grande exemplo amando os pecadores, e João assevera que nós amamos porque Ele amou primeiro (cf. 1 Jo 4:19). Com há bom relacionamento com Deus, existe bom relacionamento com as pessoas.
Todavia, Tiago, irmão do Senhor, assegura que o amor ao mundo é inimizade contra Deus (cf. Tg 4:9). Como também ensina João: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 Jo 2:15). Jesus tinha ensinado que ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Ou servimos os interesses de Deus, ou seguimos os ditames do mundo; nisto não existe meio termo. O mesmo Senhor deixou-nos este testemunho acerca do amor do Pai: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou” (Jo 10:17,18). É por este motivo que João pede também aos cristãos para amarem igualmente: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos.” (1 Jo 3:16). Porém, aquele que diz: “Eu conheço‑o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade” (1 Jo 2:4). Aquele que não obedece aos mandamentos não tem bons relacionamenos.
O amor é a prova prática da existência de Deus vivendo em seus filhos e que estes o conhecem realmente, porque Deus é amor, como ensina o apóstolo João: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece Deus. Aquele que não ama não conhece Deus, porque Deus é amor.” (1 Jo 4:7,8). Se alguém não ama, não conhece Deus, e, não conhecendo Deus é impossível manter relacionamento com Ele. João ainda disse mais: “Jamais alguém viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor é em nós aperfeiçoado.” (1 Jo 4:12). Esta é a prática que desenvolve um bom relacionamento com Deus, isto é, manter boa comunhão com os irmãos: “Se alguém diz: Eu amo Deus, e odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, ao qual viu, não pode amar Deus, a quem não viu. E dele temos este mandamento, que quem ama Deus ame também o seu irmão.” (1 Jo 4:20,21).
Outro requisito importante para o relacionamento com Deus é crer que Ele existe. Se alguém duvida disto, como poderá ter comunhão com Deus?! Assim escreveu o autor da epístola aos Hebreus: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb 11.6). Então, cheguemo-nos a Ele com sincero coração e completa certeza (cf. Hb 10:22). Visto que acreditamos na existência de Deus, podemos confiar que Ele possui recompensa para aqueles que O amam e buscam de todo o coração.
O amor deve ser extensivo a todas as pessoas, inclusive os inimigos, de acordo com o ensino do Senhor: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.” Mt 5:44–48). Continua o mesmo Senhor instruindo: “E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa.” (Mt 10:42). Sobretudo, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, a fazer todas as coisas visando a glória de Deus.
Conclusão
Por conseguinte, examinemos se a nossa relação com Deus está de acordo com o exposto à luz das Sagradas Escrituras. Então, procuremos melhorá-la de acordo com modelo bíblico. Amar de todo o coração e com todas as capacidades inerentes ao homem. Procurar sempre servir em seu nome, fazendo todas as coisas para glorificá-lo, somente a Ele. Amar os irmãos e, ainda os inimigos, em demonstração prática que somos filhos de Deus. Ao mesmo tempo, devemos suprir as necessidades quotidianas, ainda que seja somente dar um copo de água fresca a um sedento. O Senhor promete que tudo isto será recompensado segundo a sua riqueza. Porém, é preciso desenvolver a fé e guardar a esperança, virtudes que agradam a Deus.
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