Written on Novembro 7th, 2014 by Constantino Ferreira
Segunda Carta a Timóteo
2ª Carta de Paulo a Timóteo
Nesta carta, Paulo continua os conselhos pastorais ao seu discípulo amado Timóteo. Na saudação, apresenta-se como apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus. Ele não era somente apóstolo enviado pela igreja em Antioquia, mas tinha sido escolhido e nomeado por Jesus Cristo para levar o evangelho do Reino aos gentios. Paulo estava convicto da sua missão e disposto a cumpri-la fielmente.
Por este motivo, manifesta o seu especial interesse por Timóteo, seu querido filho espiritual e fiel cooperador na proclamação das boas novas de salvação. Depois de fazer a sua apresentação, o apóstolo declara que menciona Timóteo nas suas orações, enquanto valoriza sua fé, plantada por sua avó Lóide e sua mãe Eunice, cujo testemunho seguia dedicadamente.
Aconselha‑o, então, a despertar o dom que recebera de Deus, pela imposição das mãos, sem qualquer temor, nem vergonha de testemunhar de Jesus Cristo. Devia ser forte a fim de participar nas aflições provocadas pela proclamação do evangelho, visto que Paulo estava preso pelo mesmo motivo. No versículo 17 informa que, apesar de muitos o terem abandonado, Onesífero o procurou e encontrou em Roma, não se envergonhando da sua prisão, antes visitando‑o e consolando‑o muitas vezes.
Afinal, Deus os salvou, chamou e vocacionou, segundo o Seu propósito, para a nobre missão de proclamar a vitória de Jesus Cristo sobre a morte e a corrupção, mediante o evangelho, do qual Paulo fora nomeado pregador, apóstolo e mestre, por cujo motivo padece, mas não se envergonha disso. Segundo o conhecimento que tem de Cristo, sabe muito bem que é poderoso para guardar o depósito, que lhe havia sido confiado, até ao dia final.
No versículo treze, aconselha Timóteo a tomar como modelo as sãs palavras que “ouviste de mim”, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Deve, igualmente, conservar “o bom depósito”, ou seja, não perder o precioso bem recebido, pelo Espírito Santo que habita em ambos.
No capítulo dois, aconselha Timóteo a fortalecer-se na graça de Deus, que há em Jesus Cristo, e o que aprendeu de Paulo deve transmiti-lo a homens capacitados e fiéis para ensinarem outros igualmente. E, como bom soldado de Cristo, deve sofrer as aflições naturais da guerra espiritual a que está sujeito. Alega, então, que nenhum soldado em campanha se enreda nos afazeres da vida, se quer agradar àquele que o alistou. Além disso, nenhum lutador recebe galardão se não cumprir as regras estipuladas.
Nos versículos 11–13, Paulo anima Timóteo deste modo: Esta é uma palavra digna de aceitação: “Se morrermos com ele também com ele viveremos; se sofrermos com ele, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel.”
A seguir, aconselha Timóteo a evitar contendas e falatórios; deve, antes, procurar ser um obreiro aprovado, que maneja bem as Escrituras, sem ter que se envergonhar. Além disso, não deve ceder aos desejos próprios da juventude, mas viver em justiça, fé, amor e paz com todos os purificados pelo sangue de Cristo. Como servo de Deus, deve instruir os adversários com suavidade, na esperança que Deus os guie ao arrependimento com vista ao reconhecimento da verdade.
No capítulo três, alerta para extrema corrupção e tempos trabalhos nos últimos dias, mas os que resistem à verdade, como Janes e Jambres resistiram a Moisés (estes seriam dois dos magos que imitaram Moisés perante Faraó), não terão sucesso, devido à sua insensatez.
Sobretudo, Timóteo deve perseverar nos ensinamentos de Paulo e seguir o seu exemplo, usando as Escrituras divinamente inspiradas para instruir e corrigir com justiça, para que o homem de Deus seja perfeitamente instruído a realizar boas obras. No capítulo quatro é desafiado a pregar constantemente a boa doutrina, porque haveria um tempo em que muitos rejeitariam a sã doutrina, desviando-se da verdade e seguindo fábulas artificialmente compostas.
Paulo sente que está no final da sua carreira e dá os últimos conselhos para que Timóteo cumpra o seu ministério, continuando assim o serviço do apóstolo, Ele espera a coroa de justiça, que será dada àqueles que esperarem a vida de Jesus Cristo. E deseja a rápida visita de Timóteo, acompanhado por Marcos, para ser consolado, porque alguns se haviam separado dele.
O apóstolo adverte Timóteo acerca de um certo Alexandre, latoeiro, que lhe causou muitos males, e lamenta o facto de ninguém assistir ao seu primeiro julgamento para depor em sua defesa. Mas confessa que contou com a defesa do Senhor, que o livrou da boca do leão (talvez um leão no coliseu romano).
Finalmente, envia saudações para alguns cooperadores íntimos.
Ler a 1ª Carta a Timóteo AQUI
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