Os cristãos colocam O Reino de Deus em primeiro lugar. Como aconselhou Jesus: “Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mat. 6.33). Nós fomos chamados para sermos testemunhas vivas do Senhor. Conhecer Cristo e não compartilhar esse conhecimento com outros é prejudicial porque uma alma se perderá e outra ficará sem o galardão que Cristo diz ter para dar a cada um segundo a sua obra. Todavia, devemos reconhecer que o serviço não é unilateral, mas bilateral, em colaboração com Deus. Isto é, não podemos realizar alguma coisa sozinhos, carecemos de Jesus para nos ajudar no cumprimento da missão. Ele disse que “sem mim nada podeis fazer” (Jo. 15.5). Para servir no reino de Deus é necessária comunhão e colaboração.
Primeiramente, a nossa vida diária deve servir como pano de fundo para apresentar a mensagem da salvação. Sem um bom testemunho as palavras não têm sentido, não serão aceites, e o serviço ficará infrutífero. A vida cristã deve estar marcada pelo afastamento do pecado, pela comunhão diária com Deus e ainda a plenitude do Espírito Santo. Acerca disto disse o Senhor: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (Act. 1.8). Sabendo que é o Espírito Santo quem convence as pessoas do pecado devemos ser guiados e usados por Ele no serviço do reino dos céus.
Segundo, o nosso amor é a mola real que nos impele à conquista das almas. Quem não possuir o amor de Deus não estará apto para libertar as pessoas das garras de Satanás. Recordemos o grande amor que Deus manifestou no Calvário dando-nos o Filho, e o amor do Filho dando a sua vida por nós. Assim, devemos amar igualmente, renunciando a algumas coisas deste mundo, de modo a atrair as pessoas para Cristo. Cada pessoa salva é motivo de alegria no céu e na terra, todos nos regozijaremos. Ninguém deveria perder a oportunidade de apresentar a mensagem da salvação às pessoas do seu convívio. Familiares, amigos e colegas de serviço, são indivíduos que nenhum cristão deveria deixar sem o testemunho de Cristo.
Em terceiro lugar devemos estar atentos às necessidades das pessoas e procurar supri-las com a graça de Deus. Podemos descobrir várias espécies de carências, espirituais, físicas e materiais. Ao descobrir qualquer destes problemas a testemunha de Cristo tem a possibilidade oferecer a solução que há pela fé em Jesus. Sobretudo usando a Palavra de Deus, porque por ela é que vem a verdadeira fé que alcança as bênçãos prometidas.
Quando alguém se decide por Cristo não deve ser deixado à sua sorte. O aconselhamento bíblico é necessário para conservar os resultados do evangelismo. Pedro alertou-nos que o Diabo, nosso adversário, anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa devorar (1 Ped. 5.8). A pessoa deve ser apoiada pela pessoa, ou pessoas amigas, a fim de que Satanás não a leve de volta ao seu redil. Por último devemos considerar a mensagem que temos de transmitir de modo que as pessoas cheguem à fé. Ela abrange todos os aspectos do amor de Deus desde o nascimento de Cristo em Belém até à sua ascensão no Monte das Oliveiras.
Primeiramente apelamos para o amor de Deus “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3.16). Cristo, durante o Seu ministério, ocupou-se do reino dos céus e ofereceu perdão e cura a fim de o instaurar nos corações como solução para os problemas mundiais. Ele dizia: “Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus”. “Aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus”. “Necessário vos é nascer de novo” (Mat. 4.17; Jo. 3.3,7).
Cristo, na Sua morte substituiu-nos para não sermos condenados por causa do pecado. Aquele que não cometeu pecado foi feito pecado por nós e sacrificado em nosso lugar em cumprimento da lei. Ele tomou o nosso pecado e foi cravá-lo naquela cruz onde sofreu e morreu para nossa salvação. Como está escrito: “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mat. 20.28). Paulo diz que “Deus prova o seu amor para connosco em que Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores… pois, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só acto de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rom. 5.8, 17–19). Na Sua ressurreição obteve a vitória sobre a própria morte e garantiu-nos a justificação perante o Pai. Aqueles que o recebem são declarados justificados e começam uma vida nova como filhos de Deus. “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus… E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” (Rom. 8.14,17). Ele ascendeu ao céu, onde está como sacerdote e advogado intercedendo por nós.
Por conseguinte, temos alguém importante a quem recorrer em caso de necessidade, porque Ele vive eternamente para interceder por nós (Hb. 7.25). Por isso, podemos confessar-lhe os nossos pecados e crer que Ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de todo o pecado (1 Jo. 1.9 e 2.1). Contudo, o Senhor prometeu voltar a fim de levar a sua Igreja consigo. Sabemos que Ele vive e onde Ele estiver estaremos nós também. Agora está Ele connosco, no futuro estaremos nós com Ele, sempre unidos ao Senhor (Jo. 14.3; 1 Tes. 4.15–17).
A nossa salvação é resultado da graça de Deus que se manifestou em Cristo, e só pode ser alcançada mediante a fé no seu sacrifício (Ef. 2.8). Porém, a fé genuína provém de Deus ao ouvir a Sua Palavra (Rom. 10.17). Ser salvo implica ficar livre da condenação por causa do pecado, viver livre de pecar, e ser libertado da grande tribulação (Rom. 8.1; 6.14; Ap. 7.13,14).