Written on Maio 30th, 2013 by Constantino Ferreira
CORDEIRO DE DEUS
EIS O CORDEIRO DE DEUS
Desde a aurora da criação que o ser humano tem oferecido sacrifícios procurando, deste modo, aplacar a ira divina e, ao mesmo tempo, demonstrar gratidão pelas bênçãos recebidas. Um dos primeiros que encontramos no relato bíblico é o sacrifício de Abel que, por ter sido de acordo com o plano divino, agradou a Deus e foi aceite.
Enquanto Caim oferecia dos frutos do campo, seu irmão Abel sacrificou um cordeiro sobre o altar. Este era uma figura daquele que viria mais tarde,nascido de mulher, para aniquilar o pecado. No livro do Apocalipse está revelado que o cordeiro de Deus havia sido morto desde a fundação do mundo. Podemos entender isto tomando em consideração que este era o plano de Deus para a humanidade.
Após o dilúvio, Noé cultuou a Deus com sacrifícios dando ações de graças pelo livramento que recebera com a sua família. Abraão levantava altares de sacrifício nos lugares onde acampava para invocar o nome do Senhor (Gn. 12.8).
Moisés, no Egito, ordenou a cada família israelita que sacrificasse um cordeiro como algo essencial para a sua libertação. O sangue das vítimas foi aplicado nas portas e serviu como sinal da sua fé e submissão à palavra de Deus. Na terra prometida o povo repetiu este sacrifício anualmente, comemorando deste modo a sua liberdade na festa da páscoa. Durante o ano eram oferecidos outros sacrifícios com a finalidade de interceder pelos pecados do povo.
Quando Jesus se encontrou no rio Jordão com João Batista, este exclamou para todos: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Havia chegado o Filho de Deus para ser sacrificado, à semelhança dos cordeiros, pela humanidade. Ele viera para acabar com o sacrifício contínuo de animais que nunca podiam tirar nem purificar do pecado. O profeta Isaías falara dele, cerca de setecentos anos antes, como o cordeiro que foi levado ao matadouro e não abriu a sua boca (Is. 53).
Após o cumprimento da sua missão profética o Senhor dirigiu-se para o Getsêmane com os discípulos, onde em agonia orava dizendo: “Meu Pai, se é possível passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como Tu queres” (Mt. 26.39)
Ele estava ali, submisso ao propósito eterno, para dar a vida em resgate dos pecadores. Foi ali que os sacerdotes o foram prender a fim de ser oferecido por expiação dos nossos pecados. Quando Jesus os viu não se afastou com o propósito de escapar ao cruel sacrifício. Ele entregou-se voluntariamente, pedindo para deixarem em liberdade aqueles que o acompanhavam.
Enquanto estava a ser julgado não abriu a boca em sua defesa, pois o propósito eterno era defender os pecadores da condenação. Embora não tivesse pecado, tomou os nossos pecados e foi condenado à morte cumprindo assim a justiça divina. O justo morreu pelos injustos, o santo pelos pecadores.
Observemos o belo testemunho de Pedro: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, noutro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pd. 1.18–20).
O amor do Pai é visto na entrega do seu amado Filho, e o amor do Filho é avaliado pela entrega da sua própria vida na cruz. Jesus veio da glória, encarnou tomando a forma humana, carregou os nossos pecados e foi cravá-los naquela rude cruz onde expirou dizendo: “Está consumado.” Ele havia satisfeito a exigência da lei morrendo por todos. Jesus pagou integralmente a nossa dívida. Agora, todo aquele que nele crer já não será condenado porque o santo pagou pelo pecador. A sua dívida está paga.
As Escrituras asseguram que Cristo não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo. Onde houver fé no sacrifício do cordeiro de Deus também haverá o perdão de Deus. Só a incredulidade não permitirá a salvação. Pedro, respondendo à pergunta do carcereiro de Filipos: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? disse: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa.” Estas palavras são também dirigidas ao leitor para sua salvação. A salvação é o perdão dos pecados, é a porta aberta para o céu, para a bem-aventurança junto de Deus eternamente.
Quem quer agradar a Deus deposita a sua fé no objeto da sua profunda simpatia, no Seu amado Filho, no Cordeiro de Deus. Mais do que uma vez o Pai testemunhou do Filho desta maneira: “Este é o meu amado Filho em quem tenho todo o meu prazer”. Deus agradou-se da vida santa e do sacrifício de Jesus em favor dos pecadores.
O leitor deve confiar plenamente na validade do sacrifício de Cristo para experimentar o perdão que Deus lhe oferece. Não há necessidade de oferecer mais sacrifícios porque Jesus ofereceu um sacrifício perfeito que agradou ao Pai. A Bíblia afirma que onde há remissão dos pecados não há mais sacrifício pelo pecado. Além disso, pela fé, o sangue de Cristo purifica-nos de todo o pecado.
A purificação do pecado é um bem espiritual que só Deus pode conceder mediante a fé no sacrifício do seu amado Filho. Ele entregou a sua preciosavida no altar do mundo, o Calvário, em propiciação pelo nosso pecado. Tanto o seu amor como a sua dedicação à humanidade levaram-no a oferecer sacrifício de sangue de modo que não fossemos sacrificados por causa do nosso pecado.
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